Ah, a adolescência! A paixão eterna, as emoções intensas, a felicidade febril, a volúpia... Quando somos jovens, o mundo se oferece aos nossos pés mas, como é natural ser imaturo, nos apaixonamos a cada dois meses.
A cada conquista parece que nos fortalecemos nessa arte. Terminamos, reiniciamos e começamos tudo de novo com a mesma chama que arde e que nos coloca em contato com uma forma de felicidade que muitos passarão até a idade adulta perseguindo... Mas a adolescência passa, ou deveria passar. Os jovens não sustentam relações, é natural. Mas como entender aqueles que passam a vida não conseguindo e nem querendo estabelecer vínculos maiores? Aqueles que perseguem tão somente o sentimento arrebatador? A entrega, a novidade, logo dá lugar à rotina, à mesmice e, na sequência, à curiosidade em outros corpos, outras bocas.
O gosto pela conquista é alimento, é vida ... Para chegar até a forma madura de felicidade no amor, é preciso superar a adolescência, é preciso também saber renunciar para sustentar relações construtivas. Como podemos crescer se não investimos?
Perseguir pessoas pelo visual é roubada. Logo o interesse se esvai, dando lugar para outras caras, outras esculturas.
Mulheres vivem dizendo que os homens não prestam, por sua vez, os homens dizem que as mulheres não sabem o que querem. É preciso parar de procurar desculpa lá fora e olhar para dentro. O nosso olhar interno, apurado, com certeza pode mudar a nossa trajetória de vida. Tente e, se necessário, procure a ajuda de um profissional. Investir no amor é investir no aprimoramento da própria encarnação.
"O relacionamento é seguramente o espelho que você se descobre!"
Krishinamurti
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