Na mitologia grega, Caronte é o barqueiro do submundo, retratado antigamente como um velho de feições sérias, e com o passar dos anos passou a ser visto como alguém sombrio e, muitas vezes, encapuzado.
Caronte recebeu seu cargo no submundo por ter tentado roubar a caixa de Pandora. Quando foi descoberto por Zeus, acabou sendo mandado para Ébero, onde deveria transportar a alma dos mortos. No início, ele fazia seu trabalho junto ao seu irmão Corante, mas quando descobriu que ele estava lhe roubando, matou o próprio irmão afogado, o corpo dele se dissolveu e o rio foi tingido de vermelho.
A travessia
Os rios Estige e Aqueronte eram os responsáveis por fazerem a divisa do mundo dos vivos e o mundo dos mortos, e era exatamente por esses rios que o barqueiro fazia sua travessia.
Os mortos recém-chegados que queriam ter suas almas transportadas deveriam pagar a Caronte uma moeda. Era costume na época colocar uma moeda embaixo da língua do falecido justamente para esse momento. Caso essa quantia não fosse paga, as almas vagueariam por 100 anos sem irem ao seu devido lugar.
Caronte e a astronomia
Além dele permanecer vivo na própria mitologia grega, graças à fusão da mitologia grega com a romana, muitos deuses tiveram seus nomes modificados. Planetas, asteroides e constelações foram nomeadas com os nomes de alguns personagens mitológicos, tais como Zeus, que virou Júpiter, e Hermes, que virou Mercúrio por causa da sua velocidade como mensageiro relacionada com a rápida translação do planeta.
Plutão (rebaixado a plutoide em 2006) era até então o planeta mais frio e isolado, responsável pela divisa do sistema solar e do espaço aberto, por isso, foi o planeta associado a Ades, e assim como na mitologia, devido aos seus 4 satélites, Plutão ficou com a companhia de Céberus — cão de três cabeças que protegia os portões do submundo —, e Caronte, o barqueiro que deixou de navegar nos rios da morte para navegar nas estrelas.
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