O 6 de Ouros é o arcano da semana e fala sobre a estagnação gerada pelo perfeccionismo de querer escolher o melhor, embora, paralelamente, traga a ideia de generosidade.
De modo geral, esta carta pede que pensemos sobre os pesos e medidas que estamos usando para analisar nossa vida e a dos outros. Será que fazemos aquilo que condenamos nos outros? Será que não estamos encontrando “pelo em ovo” na hora de tomar decisões importantes?
Não à toa, o 6 de Ouros fala de um momento no qual nos surgem oportunidades que demandam decisões rápidas, mas que hesitamos por acreditar que ainda existe algo melhor a caminho.
Porém, toda escolha é uma renúncia e será preciso evitar pensamentos desnecessários ou perfeccionismo, se não quisermos perder tempo valioso.
Por outro lado, o 6 de Ouros traz uma dualidade entre ter e não ter, entre saber e desconhecer, entre possuir poder ou ser submisso. Assim, no lado negativo, fala de uma pessoa que não tem recursos, que é cuidado por alguém, que recebe patrocínio ou um presente. Ou ainda de quem é ensinado, recebendo informações ou conselhos, que não está a par de algum segredo. Por fim, que está seguindo alguém, sendo coagido ou simplesmente escutando passivamente.
O lado positivo, obviamente, fala da situação contrária de termos todos os recursos que precisamos para nós e para os outros, assim como autoridade e poder de fala. De possuirmos conhecimento de causa, de sermos uma espécie de mentor ou patrocinador, de liderarmos, sendo assertivos e dominadores.
Por fim, traz outros questionamentos como: Quando você se doa para os outros é porque quer ou porque precisa da aprovação deles?
Muitas vezes nos engajamos, dizemos sim, porque temos receio do que irão pensar de nós se não o fizermos. Isso significa que a opinião alheia é mais importante que a nossa própria e que, mesmo sabendo que somos capazes, apenas uma ofensa ou observação maliciosa pode nos derrubar e magoar.
Desse modo, doe aquilo que deseja, não porque se sente obrigado. Doação sem amor, não é doação. Ser verdadeiramente generoso não é fácil, pois na maioria das vezes quando damos algo, queremos algo em troca, mesmo que não seja na mesma moeda.
Por exemplo, uma pessoa que se dedica dando conselhos, pode esperar amor, devoção, reconhecimento de volta. Alguém que dá dinheiro, pode esperar gratidão e novos favores, incluindo empréstimos futuros. Doar por doar, porque se tem excesso e não se importa com o que o outro irá fazer com o mesmo, é uma das grandes provas da humanidade.
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Quem se doa apenas pelo prazer de ajudar, sem precisar que o retorno justifique seu ato é de fato abençoado, posto que é livre. Não sofre com expectativas, nem julgamentos. Não tem ansiedade ou medo de perder.
E, por mais paradoxal que possa parecer, aquele que doa mais é o que mais recebe e, o que fica exigindo retorno, geralmente fica “a ver navios”.
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