O que faz você pensar que vive uma boa relação? Vocês dividem responsabilidades? Trocam favores? Somam conquistas? Falam o que sentem ou pensam sem medo de serem intimidados pelo parceiro? Se divertem juntos quando ambos querem assistir um filme no cinema, mas libertam-se na boa, quando um quer sair com os amigos e o outro ir para a cama mais cedo?
Viver com algumas pessoas pode ser altamente tóxico. Determinadas interações sufocam, agridem e exterminam a nossa identidade.
Somos cocriadores de nossa realidade, quer aceitemos ou não. O outro me faz mal, mas até que ponto sou responsável por isso? Claro, o outro pode ter mil defeitos, complexos, manias... Entretanto, se isso me atinge é porque em algum momento eu permiti essa invasão, chantagem ou manipulação.
Vamos dando espaços como quem nada quer.... Aliás, fingimos! Damos espaço porque queremos! Queremos minimizar a solidão e por isso nos fazemos importantes, necessárias e prestativas. Ah! Como também sabemos sem intenção alguma (imagina...) conduzir uma relação ao nosso próprio prazer. Aliás, é aí que podemos nos enganar feio.
Círculos viciosos de codependência, mas em que um ganha muito e o outro quase sempre perde. Não é aquela relação tudo junto misturado de ganhos e perdas semelhantes, entende? Um sofre muito e o outro... Ah! O outro vai levando... E estamos falando de forma literal! Vai levando o seu dinheiro, seu espaço, seus valores, sua dignidade e sua personalidade.
Hoje eu vou com você de bom grado assistir aquele filme de ação que eu não gosto, mas você adora, e amanhã você me leva com prazer para eu ver aquela apresentação de ballet que há tempos quero ver, mas que te dá um sono danado.
Relação só vale a pena assim. Quando o verbo ceder é conjugado a dois. Quando o verbo aprender é predisposição de ambos e quando o verbo crescer é um comprometimento individual, mas que reflete na saúde e felicidade do casal.
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