Muitas pessoas sofrem de Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou TOC. Você conhece? É uma patologia psicológica que se manifesta em comportamentos compulsivos no indivíduo. Pode ser mental, produzindo ideias obsessivas, geralmente involuntárias. E pode ser comportamental, dando origem a compulsões ou rituais (manias) extremamente repetitivos.
Muita gente sofre disso e, em alguns casos, nem percebe. Claro que, quando falamos de manias, existe um limite dentro do que se considera normal e aceitável. Que é quando tais comportamentos não controlam o indivíduo. Já, quando isso vai além, provocando reações até mesmo involuntárias do cérebro e sistema nervoso, aí é caso de tratamento.
Existem dentro da psiquiatria tratamentos à base de remédios que ajudam a controlar as manifestações da doença, que podem ocorrer de diversas formas. Infelizmente, ela é tida como uma doença incurável, mas que pode ser tratada e controlada durante a vida. Obviamente, na metafísica, existe cura pra isso. Quando compreendemos o nosso aparelho emocional e estudamos a nossa psique, bem como seus comportamentos, ideias, crenças e padrões, podemos sim atuar na cura do problema.
Exemplos de TOC mais comuns: obsessão por limpeza, autocompetição, o fato de se estabelecer metas e se obrigar a fazer coisas sem o menor fundamento sob pressão de acontecer algo ruim caso não obedeça; excesso de preocupação com a simetria e organização das coisas (se há dez pares de chinelos no chão virados para a direita, mas um deles está virado para a esquerda, o indivíduo afetado pelo TOC se sente profundamente incomodado com aquele par de chinelos virado para a esquerda).
Ou seja, a pessoa fica escrava de manias e “obrigações” autoimpostas. E isso gera sofrimento e estresse profundo no indivíduo. Agora, o que a metafísica tem a dizer sobre o assunto? O TOC é consequência de comportamentos perfeccionistas e de grande autocobrança.
Sabe aquelas pessoas que querem tudo do jeitinho delas, que nada pode sair do lugar, que todas as coisas precisam estar sempre conforme os padrões dela? Pois bem, estas são fortes candidatas a manifestarem o TOC. E aquelas outras que se cobram por tudo, que precisam bater a meta, que vivem mergulhadas em seus “tem que” ou “deveria”, forçando a si mesmas a viverem conforme as regras, fazendo tudo direito, no tempo em que devem fazer e o tanto que deve ser feito, também são grandes candidatas.
Observe quem sofre de TOC e, se você passa por isso, preste atenção em como se cobra. Preste atenção no perfeccionista que existe dentro de você. Claro, se você tem TOC, é porque abrigou dentro de si o perfeccionista. Aquele que te detona se porventura algo sair fora do esperado. Vamos falar sério aqui? Você é do tipo orgulhoso que se massacra interiormente se faz algo errado? Ou nem é errado, às vezes é só fora do padrão do perfeitinho.
Você tem um perfeitinho aí dentro? Aquele que te força a fazer um monte de coisa, obrigações em cima de obrigações? Porque você não pode errar, deslizar, fazer feio. Deve falar tudo certo, agir certo, produzir, bater meta, cumprir com os objetivos senão... Você não presta, não faz nada direito, não acerta nunca na vida, não serve pra nada. Olha só! A mente controladora fica em cima, tirando a sua paz. E, pra não levar “chumbo grosso”, você cede. E, de tanto ceder, vai só entrando na pressão.
Até que chega uma hora em que a mente surta e você começa com comportamentos estranhos, compulsivos ou obsessivos. Precisa correr até a esquina e chegar lá antes do ônibus senão você morre, não é assim? Eu sei, já passei por isso. O perfeitinho escraviza a mente, e aí perde-se a qualidade de vida e ainda passa vergonha.
Então, pra esse primeiro texto, perceba que por trás do TOC sempre tem o perfeitinho orgulhoso, arrogante, cobrador que te obriga, te pressiona e te oprime. No próximo texto, vamos falar sobre a origem desses comportamentos e como curá-los.
Que o Amor nos cure!
Confira também: