Também conhecida como Tamaquaré pelos brasileiros, a Cassiopeia é uma constelação em formato de W, localizada no hemisfério celestial norte. Essa constelação possui cerca de trinta estrelas que são visíveis a olho nu, além de outras, e as cinco principais, que formam o desenho da letra W.
A Alpha Cassiopeiae (também conhecida como Shedir) faz parte do W, é a estrela mais brilhante de toda constelação e possui cor avermelhada. Já a Gamma Cassiopeiae é outra estrela bastante importante, que está no centro do desenho W, ou seja, no meio das estrelas principais, e é a terceira com mais luz. O W, ou M, também é formado pela Beta Cassiopeiae, Delta Cassiopeiae e Epsilon Cassiopeiae.
Há outros elementos na constelação. O M52, por exemplo, que é visto apenas por binóculos de forma bem discreta ou por telescópios, é um grupo de estrelas (cerca de 100). O M103 também não é visto a olho nu, até porque é um enxame um pouco menor – possui cerca de 40 estrelas –, mas está bem próximo a segunda estrela do W.
Em locais de latitudes médio setentrionais, ou seja, do hemisfério norte, ela pode ser observada em qualquer período do ano, mas sua visualização possui mais destaque durante o inverno. Esta constelação tem como característica grupos estelares abertos.
A Cassiopeia fica próxima às constelações Cepheus, Andrômeda, Perseus e Camelopardalis. O nome desta constelação tem origem grega, de Kassiópeia. Já a forma que o nome é escrito hoje vem do latim. No Brasil, é também conhecida como Tamaquaré porque, no tupi, esta palavra é o nome de um lagarto (o lagarto tamaquaré da Amazônia, réptil também conhecido como “plica-plica”, no linguajar popular), já que os índios acreditavam que a posição das estrelas desta constelação mostrava a forma deste animal.
Mitologia Grega
De acordo com a mitologia grega, esta constelação tem a ver com a rainha da Etiópia, a Cassiopeia, esposa de Cefeu e mãe de Andrômeda. O W formado pelas estrelas de Cassiopeia mostra a imagem da rainha, sentada em seu trono, penteando os cabelos – isso porque ela era conhecida por sua beleza e sua vaidade.
Uma vez, a rainha chegou à conclusão de que era a mais bela dentre todas as nereidas, o que desagradou a todas as outras. Desagradou, inclusive, Anfitrite, que registrou sua queixa ao deus dos mares, que também era seu marido, Poseidon. Em represália à atitude da rainha da Etiópia, Poseidon exigiu que Andrômeda, a filha da rainha, fosse sacrificada ao monstro marinho Cetus. Caso sua exigência não fosse cumprida, toda a Etiópia seria inundada.
Andrômeda foi, então, oferecida para o sacrifício. Mas, no último segundo, ela foi salva por Perseu, que apaixonou-se por ela e matou a criatura marinha. Como castigo final, Cassiopeia foi colocada no céu em posições desconfortáveis (por isso que o W forma a rainha sentada de cabeça para baixo), para que ela permanecesse em posição de humilhação.
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