Déjà-vu: entenda o que é

Um dos sentimentos mais confusos e desconcertantes que nós, seres humanos, temos a capacidade de vivenciar são aqueles momentos que acontecem no tempo presente de nossas vidas, sem nunca ter se sucedido previamente, mas nos causam a sensação de que já ocorreram em algum instante. Esse fenômeno é nomeado “déjà-vu”. Ele acontece quando alguém sente, escuta ou vê algo pela primeira vez, mas tem a sensação de ter vivenciado tal situação anteriormente.

O termo, de origem francesa, possui o significado de “já visto” e foi popularizado no século XVIII pelo filósofo Émile Boirac. Durante bastante tempo, tal fenômeno não possuía uma explicação científica que tivesse total capacidade de responder as questões sobre sua existência.

Por conta disso, diversas teorias foram abordadas numa tentativa de explicá-lo. Por exemplo: memórias de vidas passadas, visões do futuro e desatenção. Enquanto pela espiritualidade o déjà-vu é uma forma de navegar novamente por lembranças armazenadas em nosso inconsciente de vidas pretéritas, para a psicologia e a ciência, é uma falha no circuito cerebral.

Mulher olhando para fora da janela pensativa

No que diz respeito a esse fenômeno pelo ponto de vista científico, o déjà-vu é uma consequência do cérebro humano enviando sinais com o objetivo de identificar possíveis “erros de memória”.

Esse fenômeno ocorre a partir de uma imprecisão cerebral, quando os fatos que estão acontecendo no presente são armazenados diretamente na área de memórias de longo ou médio prazo, sem antes passar pelo setor de memórias imediatas. Por conta disso, temos a confusa sensação de que tal fato já aconteceu.

Além disso, de acordo com estudos, é estimado que dois terços da população mundial já tiveram tal experiência, sendo ela mais presente em pessoas entre 15 e 25 anos.

Por meio de pesquisas foi possível descobrir a existência de três tipos de déjà-vu: o “déjà vécu”, o “déjà senti” e o “déjà visite”. O déjà vécu é um sentimento bem detalhado, como se tudo fosse exatamente como anteriormente, enquanto o déjà senti é restrito para acontecimentos mentais, sem aspectos precognitivos. Por fim, o déjà visite é a sensação menos comum entre os três e possui uma conexão maior com as dimensões geográficas e espaciais, retratando o inusitado reconhecimento de um lugar novo.

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?Normalmente o déjà-v não é visto como algo ruim ou preocupante, porém, em alguns casos, pode funcionar como sinais para a possibilidade de doenças como epilepsia e ansiedade. Caso esse fenômeno possua uma frequência e força demasiada em sua rotina, é aconselhável a procura de um médico.

É importante ressaltar também que diversas pessoas nunca tiveram a experiência de ter um déjà-vu, fato que, na realidade, tem como significado o bom funcionamento do cérebro, não cometendo nenhum erro de memória. E, caso você possua a sua parcela “adequada” de déjà-vu, não se assuste, isso significa que o seu cérebro está fazendo um ótimo trabalho em corrigir suas falhas de memória.

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