A família de uma pessoa é o primeiro grupo de indivíduos que ela conhece ao nascer e aquele que estará ao lado dela em muitos momentos importantes. Os primeiros passos, as idas até a escola, as formaturas, a entrada no mercado de trabalho e a descoberta do amor romântico são alguns dos eventos que uma família irá acompanhar. Ela também estará presente quando as dificuldades parecerem impossíveis de se superar, ou quando a esperança de dias melhores estiver se esvaindo.
O laço familiar é o que une um grupo de pessoas para sempre, mas em muitos casos essa relação apresenta mais desvantagens do que vantagens. Familiares desrespeitosos, encrenqueiros, egoístas e incapazes de dialogar podem levar a situações desagradáveis e por vezes traumáticas.
É comum até mesmo que as pessoas que moram juntas e que acompanharam o crescimento umas das outras vivam uma rotina cheia de conflitos e de intrigas, que cria uma onda de negatividade permanente. Assim, é mais difícil lidar com as dificuldades da vida, descansar ao chegar em casa, aproveitar os momentos de lazer e construir memórias felizes com as pessoas que amamos, mas que, por algum motivo, não conseguem se entender conosco.
É evidente que um grupo de pessoas dificilmente permanecerá harmônico todos os dias, todas as horas. Manter uma boa relação com os familiares não significa que eles nunca possam discordar entre si, ou que devem ter sempre as mesmas atitudes sobre cada situação. São os diferentes pontos de vista que garantem que novas opiniões serão formadas, que um problema pode ser resolvido de uma maneira diferente e que cada um terá a própria personalidade.
No entanto, manter uma boa relação com os familiares é garantir que todos sejam capazes de resolver os conflitos e de ouvir uns aos outros em qualquer situação, sem deixar a raiva e a irritação tomarem conta de cada discussão. Dessa forma, é possível construir um laço de amor, de confiança e de compreensão, essencial para o bem-estar de uma pessoa. Se você quer experimentar a vida dessa forma, confira nossas dicas para fortalecer a relação familiar e sinta a diferença!
1) Organize as tarefas de cada pessoa
Uma questão que pode causar conflitos desnecessários entre familiares é a sobrecarga de tarefas domésticas. Se somente uma pessoa é responsável por limpar, fazer compras e pagar contas, é provável que ela se irrite com o tempo, por cansaço, e acabe descontando essa frustração em outros integrantes da família.
Uma vez que as tarefas da casa são organizadas e atribuídas para pessoas diferentes, dificilmente elas ficarão sobrecarregadas e estressadas. Se todos souberem o que devem fazer para manter o lar limpo, bem cuidado e harmônico, respeitando o que foi combinado, é provável que surja até mais tempo livre para aproveitar a família e a casa.
Para fazer essa separação de atividades, veja qual é a aptidão de cada um. Algumas pessoas preferem lavar a louça, outras acham melhor lavar o banheiro. Há quem goste de fazer as compras e de tirar o lixo. Tenha uma conversa com cada integrante e veja o que cada um poderia fazer com mais facilidade, para que esses pequenos trabalhos não se tornem um fardo.
2) Planeje o controle das finanças
Infelizmente, viver de amor é impossível. O controle do dinheiro é um fator importante na construção de uma boa relação familiar, e as regras para isso podem mudar de acordo com as condições financeiras de cada família. Ainda assim, é preciso conversar sobre essa questão para garantir que dívidas não serão contraídas e que nenhuma pessoa passará por um aperto no final do mês.
Controlar as finanças e explicar para cada integrante quais são os gastos da família é uma maneira de combater despesas desproporcionais aos salários, de impedir conflitos causados pela falta de dinheiro e de organizar a contribuição de cada pessoa para a manutenção da casa ou da família, incluindo despesas pessoais.
A confiança é essencial para controlar as finanças. Uma vez que você confia na sua família, converse com ela sobre quanto cada pessoa ganha e sobre quanto desse montante pode ser investido no bem comum. Depois disso, defina o que cada pessoa pode pagar, quanto cada um pode economizar para uma viagem ou para um evento e crie uma tabela, se facilitar o entendimento de todos sobre esse ponto fundamental.
3) Tire um tempo para você
Mesmo que vivamos com outras pessoas nas nossas casas, ainda é importante reservar um momento para cuidar de si e para ouvir os próprios desejos. É muito fácil ceder às demandas dos outros quando queremos manter a harmonia em uma família, e nem sempre elas são compatíveis com aquilo que mais queremos. Isso pode levar a desilusão, frustração e desentendimentos que poderiam ser facilmente solucionados.
Tirar um tempo para você é uma forma de alinhar o que você quer com o que os seus familiares querem e de traçar limites para cada um. Você não deve fazer aquilo que outra pessoa escolhe para você, e isso deve estar explícito para quem vive ao seu lado. Muitas vezes queremos agradar nossos familiares e atendemos aos desejos deles, mas isso pode causar muito ressentimento a longo prazo.
Então, não tenha medo de ser você. Cuide do seu interior e do seu exterior, peça para ficar só quando precisar pensar e explique que o seu amor pela sua família não é menor só porque você quer um tempo para você. Mostre que é a partir do seu autoconhecimento que você será capaz de evitar discussões futuras sobre questões que podem ser facilmente amenizadas no presente.
4) Reconheça as necessidades dos outros
Em uma família, sempre queremos o melhor para todos. Porém, a nossa concepção de “melhor” nem sempre é a mais correta para as outras pessoas. Por exemplo, você pode gostar de abobrinha e querer que alguém da sua família também a coma, mas essa pessoa tem um gosto diferente do seu e não quer nem passar perto desse alimento. A sua intenção é boa, mas a sua atitude não está respeitando os gostos de quem você mais ama. Reflita sobre isso!
Pode parecer difícil reconhecer as necessidades dos outros quando eles têm uma mentalidade diferente da sua. Talvez você não entenda por que uma pessoa resolve agir de uma maneira e não do jeito que você agiria. É nesse momento que você deve exercitar a sua empatia. Compreenda que cada pessoa vive a vida de um jeito, tem os próprios desejos e necessidades características. Você não precisa concordar com elas, mas deve respeitá-las.
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O passo mais importante para incorporar essa compreensão é não julgar os seus familiares pelas escolhas que eles fazem. Ainda que você pense diferente deles, tenha consciência de que a vida de uma pessoa pertence somente a ela, e que nem mesmo um laço familiar é maior que isso. Do mesmo jeito que você tem a sua perspectiva sobre cada situação, a outra pessoa também tem. Aconselhe, se desejar, sem impor a sua vontade.
5) Seja tolerante com seus familiares
Quando convivemos por muito tempo com uma pessoa, é possível que algumas atitudes dela acabem nos irritando no cotidiano. Gostaríamos que ela fizesse algo de uma maneira diferente, ou algum ponto da personalidade dela nos incomoda. E então começam os conflitos nos quais tentamos moldar a outra pessoa aos nossos desejos. Às vezes, esquecemos até mesmo que todos nós temos defeitos e que errar faz parte de um processo de crescimento.
Ser tolerante com seus familiares não é ser conivente com as atitudes deles que você considera incorretas. É reconhecer que eles ainda podem aprender e que existem características das personalidades deles que não poderão se ajustar aos seus gostos. Quando sentir que algo que eles fazem está te incomodando, converse sobre isso. Mas não use essa conversa como uma imposição de novos hábitos para a sua família!
Respeitar a mentalidade e o posicionamento de outras pessoas pode não ser uma tarefa fácil, principalmente quando eles vão contra aquilo que acreditamos. Porém, quando se trata da nossa família, o mais recomendado é uma conversa honesta sobre o que poderia ficar melhor, e não sobre o que precisa mudar. Entenda a diferença entre as duas coisas e passe a tolerar os defeitos dos seus familiares!
6) Mantenha o diálogo sempre
São muitos os conflitos que acontecem pela falta de diálogo. Rancores nunca solucionados, decepções que não são transmitidas para as outras pessoas… Pense sobre as situações desagradáveis que você já acabou criando por não falar como estava se sentindo ou no que estava pensando. Não seria mais fácil conversar de forma respeitosa e sincera em vez de simplesmente discutir com agressividade?
Manter o diálogo é essencial para qualquer relacionamento, principalmente para o familiar. É a partir dessa atitude que entendemos como as outras pessoas estão se sentindo, no que elas estão pensando e quais são os objetivos que elas buscam. Se tudo é bem explicado, pode ser compreendido e resolvido. O silêncio nem sempre é a melhor saída para fugir de um conflito, mas o respeito é.
Da próxima vez que você tiver um problema com alguém da sua família e quiser resolvê-lo, experimente sentar ao lado dessa pessoa e conversar com ela. Pode ser que no começo prevaleça a agressividade e tudo se torne uma discussão acalorada, mas faça o possível para que isso não ocorra. Seja capaz de falar e de ouvir, mostre que você quer melhorar a situação. Assim, a harmonia irá reinar!
Fortalecer o relacionamento familiar é uma missão que exige tempo e paciência. Se você não está vendo transformações da noite para o dia, saiba que isso não é um sinal de fracasso. Tudo que você irá incorporar ao seu círculo familiar é um processo, e é normal que nos primeiros meses você encontre dificuldades para se manter nesse projeto. Use a sua resiliência e a sua determinação para construir uma relação mais harmônica com as pessoas que você mais ama no mundo!
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