A mãe e a dinda... O que existe afinal entre estas mulheres de quem tantos, senão todos, falam? Quem são estas escolhidas? Por que são escolhidas como dindas, justamente estas mulheres - que muitas vezes nem sabem direito o que significa ocupar este posto, este título, esta responsabilidade? Ser madrinha!
Que papel de guardiã de outro ser é este, afinal, que acontece simplesmente por amizade? Por bem querer de pessoas que depositam umas nas outras os sentimentos mais poderosos de confiança, força e determinação?
Ninguém aceita esta incumbência pensando que vai “assumir” o cargo; quem quer que seus amigos saiam de cena, tanto para si próprio como para o filho de seus amigos? Antes de qualquer coisa, é um ato de responsabilidade e amor, com uma boa pitada de coragem.
Certas vezes, nem mesmo aquele que se torna afilhado entende o que levou a mãe ou pai, ou ainda ambos, a escolherem esta pessoa em especial e não outra, para “cuidar” de seu rebento na temerosa e assustadora ausência permanente deles. Pois é isso que este “posto” de madrinha ou padrinho acaba por significar, alguém que se torna um “cuidador extra” na vida da criança.
Ninguém sabe se este pequeno filhote irá ter a mesma benevolência e, talvez, até a mesma “paixão” de seus pais por esta pessoa que entrará em sua vida em breve, muito breve!
Certo mesmo é que em algum momento todos acabarão se conhecendo, e depois disso, o que será?... Ninguém sabe. O que vem depois do nascimento, quem vai saber? Tudo pode acontecer. Afinal, a escolha não foi da criança, nem de longe; quem escolheu a “tal dinda” foram os pais ou um deles.
Às vezes, por ser do círculo de amizade da família toda, com certeza a “dinda” terá alguma chance de angariar simpatia com o bebê. As gracinhas, beijinhos e até mesmo os presentinhos, e as infinitas lembrancinhas do coração farão parte do arsenal para que esta proximidade venha acontecer de um jeito ou de outro.
Mas esta questão vai muito além do que isto, acredite. A amizade e carinho da “dinda” vêm bem antes da criança nascer, digamos que transcende, pois já existia através da amizade dos pais. Amar o bebê é apenas uma grata continuidade, uma feliz consequência.
Agora, por parte da criança, nem sempre será fácil, afinal, não terá esta via, logo terá que construir “este gostar” e isto nem sempre é tão suave de acontecer; assim como nem sempre será tão rápida, eficaz e duradoura uma amizade que livre e espontaneamente venha a se formar. O que é assustador! Mas é claro que para tudo isto existem as exceções, e isso conta muito!
Primeiro, vem o afeto e gracinhas, e quem sabe um dia, bem mais tarde, estes rebentos, já bem crescidos, possam entender e ter a mesma certeza que poderão contar com esta figura que paira de leve ao lado de sua vida desde sempre e, seguramente, com a mesma força e certeza de seus pais, para que então realmente possam contar de alguma forma, ou até mesmo se manter ao longe se assim o quiserem, mas sempre estarão por perto com o coração atento.
É preciso agradecê-las pela confiança que depositam em nós – as dindas! É em nome de todas nós, que foram por elas escolhidas para fazerem parte da vida de quem mais amam, que lhes desejamos sucesso sempre!
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