Eu estava em uma daquelas boas conversas regadas a café com uma amiga esses dias. Eu e ela contando dos nossos perrengues diários. Ela contava sobre o atual relacionamento dela. Está tudo bem, é um ótimo relacionamento, mas ela ainda estava sofrendo.
Conversamos sobre algumas coisas e, sim, ela tem razão em alguns pontos. Mas esse é o jeito do cara ser, não tem muito o que fazer, então, por que do sofrimento? Lá pelas tantas ela conseguiu soltar uma frase que resumiu a coisa toda: “Tenho uma ideia do que é ter um relacionamento na minha cabeça, mas quando ele não é assim, penso que está errado”. Pois é, amiga! Foi o café, com certeza. Café com insight.
Fazemos isso o tempo todo e sofremos à beça com essa porcaria. É feriado e você não tem um programa? Sofrimento e dor, afinal de contas, é feriado. Sua mãe não te trata como as mães de novela? Sofrimento, medo e dor. Sua barriga não tem nenhum gomo, a não ser que gordura localizada seja considerada gomo? Nossa, bota sofrimento nisso! Causamos só dor a nós mesmos com os nossos pensamentos.
Pensamentos geram sentimentos, e sentimentos podem ser bons ou ruins. Quando eu comparo, como a minha amiga, o meu relacionamento com um ideal imaginado ou criado do nada, entro em um tipo de guerra interna. Não existia dor e você estava ciente, mas os pensamentos se embrenham como uma doença e todo o seu ser parece só querer “aquilo” que parece ser certo.
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Não estou falando de quando, de fato, um relacionamento está causando dor. Quando o outro está te tratando mal ou qualquer coisa assim, mas fora esses casos, podemos fazer o que quisermos. O relacionamento é nosso, não é mesmo?
Vejo demais isso com relação ao corpo, à imagem. As pessoas perseguem um ideal que nem ao menos existe e, quando existe, atinge um por cento da população que é muito bem paga para exibir o ideal. Por que será que pagam tanto? Lei da oferta e da procura, porque não existe muito daquilo.
Precisamos entender que “cada um de nós compõe a sua história”, como diria Almir Sater, e que cada história, corpo, vida e emoções são únicas e verdadeiras. Podemos até encontrar pessoas que sofrem do mesmo mal, mesmo assim são os sofrimentos delas, diferentes dos nossos. Respeitar isso e entender o quão poderosos são os nossos pensamentos pode nos ajudar a sair de situações complicadas e começar a aproveitar mais a vida de verdade.
Vigie os seus pensamentos! Entenda quando algo te causar dor ou sofrimento em demasia, principalmente se parecer que você está exagerando ou sendo dramática. Converse com uma amiga, uma das boas, claro, com uma xícara de café e veja o que ela acha. Tenho certeza de que metade dos seus pensamentos são minhocas cultivadas e que podem voltar para a terra. Livre-se dos maus pensamentos. É um bom começo.
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