Um dos dilemas dos reikianos é a cobrança quanto ao valor da sessão. Aqui residem duas grandes dúvidas: O quando cobrar e o quanto cobrar?
Muitos reikianos ficam bravos com a questão de gerar cobrança, enquanto outros dizem que não cobrar desvaloriza a energia Reiki. É certo que o valor de uma cobrança não influencia o tratamento, entretanto, o que pode modificar é o valor que a pessoa que recebe o Reiki dá ao tratamento.
Reiki é uma energia de amor e paz, algo que deve ser compartilhado com o mundo. Mikao Usui, quando começou a transmitir a energia, verificou que as pessoas que recebiam de maneira gratuita não valorizavam tanto a energia e, logo após receberem a canalização, acabavam por desalinhar seus chakras e por consequência, caindo novamente em um ciclo de desarmonias.
A questão aqui não é dizer que o Reiki pago gera mais cura do que o Reiki dado de forma gratuita, mas sim que a pessoa que recebe o Reiki não se sente em dívida com o reikiano. Ou seja, além de ser uma forma de valorizar a dedicação e o tempo do terapeuta, a cobrança da sessão de Reiki liberta a pessoa do sentimento de dívida.
Obviamente que o reikiano pode passar o Reiki de maneira gratuita, como uma doação. Entretanto, o reikiano continua a viver, a comer e vestir-se e, por essa razão, deve sim cobrar por uma sessão de Reiki. Não necessariamente o reikiano precisa cobrar um valor financeiro por esse tempo dedicado. A questão é que ocorra uma troca entre o receptor e o reikiano. Isso para que a energia continue fluindo em ambos.
Evoco aqui a lógica da roda da abundância. Essa roda também é chamada de roda da prosperidade, da fortuna, etc. A roda consiste em você saber gastar, guardar, investir e doar. O mais importante é que essa roda é uma roda que flui. Esse fluxo precisa continuar girando para que haja prosperidade.
Quando apenas recebemos e não damos nada em troca, esse fluxo estanca e então há perdas para que o fluxo retome sua rota. É o caso de pessoas que recebem inúmeros tratamentos, porém nunca doam nada a ninguém. Isso faz com que seu chakra básico, responsável por nossa tranquilidade financeira e por nossa prosperidade nessa terra, entre em desarmonia.
Certamente, quase todos os reikianos gostariam de viver dando cursos e atendimentos e não pensam em riquezas ou em montantes de dinheiro. Contudo, são poucos os que se aventuram por esse caminho, pois também não querem viver em pobreza.
Ninguém inicia no caminho do Reiki pensando, unicamente, em ficar rico e se o faz erra profundamente o caminho, pois o Reiki é uma energia para a saúde e o equilíbrio. De certo, esse equilíbrio passa pela prosperidade, mas também pelo auxílio ao próximo, pelo amor incondicional e pela compaixão universal.
É necessário um equilíbrio nesses pontos e, principalmente, uma valorização do Reiki. Não apenas por parte de quem recebe o Reiki, mas também por parte do reikiano que o aplica. Quando há a valorização do seu tempo e dedicação e também do conhecimento sobre o fluxo da abundância, há uma cobrança justa pelo valor dedicado ao paciente.
Meditar pelo valor que se deve cobrar e não julgar aquele que cobra mais ou menos é a maneira mais correta de se trabalhar com essa energia de amor e cura incondicional. Isso porque cada um experimenta o Reiki em sua própria realidade.
O Reiki é uma energia infinita de amor e inesgotável, logo não há sentido em cobrar pelo Reiki, mas sim pelo tempo de dedicação do terapeuta. Valorizar e se autovalorizar são os lemas de quem opera pela cura do planeta e dos seres que nele habitam.
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