Veja todos os mitos de acordo com seu signo:
Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
Áries
Os mitos referentes à áries sempre foram associados à idéia do herói, da aventura e da conquista da própria identidade através de empreendimentos arriscados. O mito de Jasão que parte em busca do velocino de ouro ilustra o simbolismo ariano. Jasão era filho de Esão e Polímede, mas muito cedo foi banido do lar para iniciar-se nas mãos do centauro Quiron. O reino de Esão havia sido usurpado por Pélias, seu irmão e tio de Jasão. A este é então negado o direito à herança real. Ele nasce herói, mas não goza desse status desde o nascimento, devendo conquistá-lo. Assim que atinge a idade necessária ao enfrentamento de sua missão, Pélias o desafia a conquistar o velocino de ouro como prova para reassumir sua identidade e receber o trono, que lhe pertencia por direito de nascença. Jasão equipa seu navio Argo com bravos guerreiros e sai em busca do velocino em território desconhecido. Quando chega à Cólquida, encontra Medéia, sacerdotisa e feiticeira, filha do rei, e apaixona-se por ela, que fornece à Jasão os meios para adormecer o dragão que cuidava do bosque sagrado de Ares. Ajuda-o na conquista do velocino e eles conseguem fugir, embora o pai de Medéia os persiga. Quando retornam, o tio Pélias nega-se a entregar o trono à Jasão. Medéia trama então o assassinato de Pélias. Jasão entrega o trono a Acasto, um dos companheiros na viagem do Argo, e se exila em Corinto. Lá ele recebe uma proposta para se tornar rei se se casar com uma jovem, filha do rei Creonte. Jasão aceita, abandonando Medeia. Enfurecida, ela mata a jovem e Creonte e deixa Jasão sob uma maldição: morrer de forma violenta. Ele morre quando um pedaço de madeira de seu navio cai sobre sua cabeça e o mata.
Touro
No antigo Egito, o boi Ápis era filho do primeiro raio matinal do deus-sol Rá, que fecundou a terra do fundo do rio Nilo. Na Grécia, o touro representa os instintos, as paixões sensoriais. É consagrado à Dioniso, deus da fecundidade viril. Na mitologia grega, Zeus transformou-se em touro para raptar e seduzir Europa.
A história do Minotauro retrata a dinâmica taurina. Minos, rei de Creta, havia conquistado o poder através do auxílio de Poseidon, que fez um trato com Minos: prometeu a ele a supremacia dos mares, se este lhe oferecesse em sacrifício um belo e perfeito touro branco que fazia parte de seu rebanho. O deus Poseidon cumpriu sua parte no trato, mas Minos não. Engana Poseidon e oferece outro touro. Poseidon fica muito irritado e pede ajuda à Afrodite para se vingar. Ela aflige a mulher de Minos com uma paixão avassaladora por um touro branco. Da união dos dois nasce o Minotauro, criatura horrenda com cabeça de touro e corpo de homem. Minos não ousa matar o Minotauro, pois reconhece a punição do deus. Mas, tem de escondê-lo. Constrói um grande labirinto e esconde o Minotauro em seu interior. Duas vezes por ano precisa alimentá-lo com jovens virgens.
Um desses jovens é Teseu. Recebe a ajuda de Afrodite, que faz com que Ariadne, filha de Minos, apaixone-se por Teseu e lhe ofereça um novelo de fios para orientá-lo de volta à saída do labirinto. No final, Teseu destrói o Minotauro, libertando Atenas e os jovens que estavam no labirinto tornando-se o rei de Creta.
Gêmeos
A história de Castor e Pólux , os irmãos gêmeos que deram o nome à constelação de Gêmeos, ilustra as características deste signo. Castor é filho de um mortal, e Pólux é filho de Zeus. Castor era guerreiro, forte e impositivo; Pólux era músico, delicado e sensível. Brigavam muito, até que Castor envolvido numa batalha com outros gêmeos morreu. O irmão divino, Pólux, implora ao pai - Zeus - que devolva o irmão morto à vida. Zeus faz um acordo: não pode simplesmente devolver um homem morto à vida, porque Hades, o deus do mundo subterrâneo, reclama a alma, e uma vez que alma vai para o mundo subterrâneo, não pode mais voltar. Zeus e Hades fazem um trato, pelo qual os gêmeos podem viver um dia, cada um, alternadamente, no reino de Hades e nos domínios de Zeus: assim, enquanto Castor estivesse vivo, Pólus desceria ao reino inferior, invertendo-se as posições no dia seguinte.
Eles não podem estar no mesmo lugar, ao mesmo tempo. Enquanto um existe no mundo divino, o outro vive as dificuldades e as alegrias da vida terrena. Dia após dia, eles trocam de lugar. Em Gêmeos há um profundo anseio pela reunião dessas duas metades, partes de um todo indissociável. Há também o mito de Hermes, que está associado a este signo. Hermes era o filho mais inteligente de Zeus. Era andrógino e possuía astúcia, inteligência e inventividade, e o poder de tornar-se invisível e de viajar por toda a parte (o "mensageiro dos deuses").
Câncer
Na mitologia hindu, há figura de Kali, uma mulher sentada, com oito braços nas costas, amamentando uma criança com a mão direita enquanto devora outra criança com a esquerda. Símbolo da mãe que alimenta fisicamente e nutre, ao mesmo tempo que impede o pleno desenvolvimento da individualidade da criança que é alimentada.
Há outra figura mitológica grega que representa o núcleo canceriano: a deusa Hera e o caranguejo que vivia no pântano da Hidra de Lerna. Enfrentar a Hidra, um monstro de muitas cabeças, foi o segundo dos trabalhos de Hércules.
Zeus tramou a imortalidade de seu filho mortal preferido - Hércules. Adormecendo Hera fez com que a criança sugasse o seio da deusa. Hera acordou e nunca perdoou essa atitude, passando a odiar Hércules.
Hera enviou então um imenso caranguejo para o pântano, para que investisse contra Hércules pelas costas, no momento em que ele enfrentava a Hidra, "pinçando-o" pelas ancas e pelos pés. Entretanto, Hércules conseguiu matar o caranguejo e depois derrotar a Hidra. Este episódio mostra a raiva de Hera contra a possibilidade de independência e identidade individual de sua criatura.
Leão
Símbolo do poder vital e da soberania solar, Leão está ligado ao calor, à luz. Este animal aparece no Bhagavad-Gita, sob os traços de Krishna "leão entre os animais"; enquanto Buda é "leão dos Cakya" e Cristo é o "leão de Judá". Aos olhos dos hindus, o leão é uma manifestação do verbo criador. Guardião do misterioso castelo no ciclo arturiano e na conquista do Graal.
O mito do Leão de Neméia ilustra bem a dinâmica leonina. Hércules, no primeiro de seus doze trabalhos, enfrentou o leão, em frente a sua caverna, atirando-lhe flechas.
Mas o animal era invulnerável a este tipo de ataque, devido à influência de Hera, que o dotara de poderes contra flechas, tacapes e lanças. A única forma de Hércules enfrentar o leão era entrando na caverna, munido apenas de um archote para iluminar o caminho. Ao enfrentar corpo a corpo o animal, sufocou-o pela garganta e retirou-lhe a pele, fazendo com ela uma vestimenta protetora, que utilizou posteriormente como escudo. A batalha de homens contra animais é simbolicamente uma representação da luta do ego contra os instintos e impulsos que provém do inconsciente: dessa batalha se definirá a conquista da identidade pessoal.
Virgem
Na mitologia egípcia associa-se à Isis, esposa de Osíris. Para os gregos e romanos o mito de Virgem associa-se ao rapto de Perséfone, filha de Deméter (Ceres para os romanos, deusa da fecundidade e das colheitas) e Zeus.
Perséfone era uma virgem eternamente jovem e numa de suas brincadeiras no bosque entre as ninfas, foi atraída por uma flor de narciso, momento em que Hades surgiu com uma carruagem de cavalos negros e a raptou, atraindo-a para o mundo subterrâneo, a fim de ser sua esposa.
Deméter, a mãe da virgem, tentou encontrá-la, mas falhando em seu intento, ficou profundamente magoada, recolhendo-se ao interior de um santuário, negando-se a retornar ao Olimpo e permitir que a Terra fosse fecundada, enquanto a filha não voltasse ao seu convívio. Com isso, a Terra ficou sem vegetação, as colheitas se interromperam e o equilíbrio das estações foi interrompido.
É feito então um acordo entre Hades, Deméter e Perséfone, segundo o qual, Perséfone passaria metade do tempo com Hades, e outra metade com a mãe. A partir daí a Terra volta a cobrir-se de verde. Outra figura mitológica associada à Virgem é a deusa Astréia, que representava o princípio de Justiça e da Harmonia. Filha de Zeus, Astréia vivia na Terra numa época em que havia a obediência às leis naturais. Com a gradual corrupção humana, ela irritou-se com a humanidade e deixou a Terra, indo para o Olimpo, transformando-se na constelação de Virgo.
Libra
Há uma multiplicidade de mitos que podem ser associados ao signo de Libra. No antigo Egito era o deus Osíris. Na mitologia grega é associada à Palas Atena, deusa da sabedoria. Há ainda o troiano Páris e o sábio Tirésias.
Palas Atena, nascida diretamente do cérebro de Zeus, tem o atributo da inteligência, buscando o equilíbrio dos opostos através do julgamento racional e da valorização de diferentes necessidades.
Páris era o filho mais novo de Príamo, rei de Tróia. Nascido com o dom da diplomacia, foi escolhido por Zeus para decidir a disputa do título de “A Mais Bela do Olimpo” entre três deusas: Afrodite, Palas Atena e Hera. Cada deusa apresentou seus dotes: Hera prometeu-lhe um casamento fértil, riqueza e poder; Atenas ofereceu sabedoria e vitórias nos combates em que ele participasse; e Afrodite prometeu-lhe a mulher mais bonita do mundo, a imortal Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta e pivô da Guerra de Tróia.
A oferta de Helena, mesmo sabendo-a casada, seduziu Paris, dando a vitória à Afrodite. Paris defrontou-se com a necessidade de realizar um julgamento entre diferentes valores.
Escorpião
Deus da caça para os maias. Para os egípcios, deus dos curandeiros e bruxos. Para os gregos, o gigante Órion, um dos maiores caçadores. Filho de Poseidon, Órion tinha o poder de andar sobre as águas, concedido por seu pai. Possuía imenso apetite sexual e tentou violar a deusa Ártemis, deusa da guerra e da caça, da natureza instintiva e virgem eterna. A fim de castigá-lo, Ártemis mandou um escorpião gigantesco morder-lhe o calcanhar, matando-o. Pelo serviço prestado à deusa, o escorpião foi transformado em constelação, simbolizando a raiva de Artemis por ter sido ameaçada de estupro, ou, segundo algumas versões, por ter tido sua oferta afetiva e sexual rejeitada.
Sagitário
Na mitologia grega associa-se à Zeus. Outro mito importante referente à sagitário é o do centauro Quíron.
Zeus era filho de Cronos e Réia. O pai costumava devorar os filhos, com medo de que fosse deposto por eles. Réia, para evitar a morte do filho recém-nascido, envolveu uma pedra com panos, entregando-a à Cronos, que a engoliu como se fosse o filho. Zeus, depois de crescido, iniciou a longa batalha para tirar o poder supremo das mãos de Cronos. Derrotou o pai depois de vários anos de batalhas sangrentas. Após, dividiu com os irmãos Hades e Poseidon a posse do reino conquistado. Zeus ficou com o céu e a superfície terrestre; Hades com o mundo subterrâneo e Poseidon com o mar. Casou-se com Hera, esposa ciumenta, que a cada amante de Zeus reagia com brigas, punições ou vinganças, representando uma batalha entre o espírito criativo livre, sem rédeas, e o mundo da forma e da responsabilidade.
Quíron, o outro mito do signo, era um centauro, metade homem e metade cavalo, era o senhor das ervas medicinais, da cura e da alquimia. Ele é ferido na perna por uma flecha embebida em sangue venenoso da Hidra. Quíron não pode morrer, pois é imortal, mas sua ferida é incurável, mesmo sendo ele o deus da cura. É a alegoria do curador ferido. Quíron é um sábio e professor, e sua sabedoria aumenta com o sofrimento. Prometeu cedeu ao centauro o direito de morrer para acabar com o seu sofrimento, e assim Quíron ascendeu aos céus para a constelação de sagitário.
Capricórnio
Cronos na mitologia grega e Saturno para os romanos. Castrou seu pai Urano para poder governar o mundo. É considerado o senhor do tempo e da razão.
Recebia o poder de sua mãe, Geia, assim como a foice com a qual castraria Urano. Devorava os filhos para não perder o trono para eles, mas foi derrotado por seu filho Zeus, sendo aprisionado no Tártaro, região subterrânea abaixo do reino de Hades.
Quando Zeus já tinha consolidado o seu poder, libertou Cronos e o enviou para a ilha dos Bem-Aventurados, onde passou a reinar sobre os heróis, que nunca morriam. Coube a ele o papel de consolidador do criado: sem sua atuação nada tomaria forma definitiva, discriminada e duradoura. No reino de Saturno, a Terra produzia com abundância e não havia guerras.
Aquário
Prometeu é a figura mitológica grega associada à aquário. É um dos titãs, deuses da terra, primo de Zeus. Possuía o dom da profecia. Recebeu de Palas Athena conhecimentos avançados da arte da navegação, arquitetura, astronomia e outros, passando-os em seguida aos homens. Havia dado muitos segredos divinos à humanidade e Zeus temendo perder o poder supremo, impôs um castigo: privou a humanidade do fogo.
Com a ajuda de Palas Athena, Prometeu roubou uma centelha do fogo divino (do conhecimento) do carro do deus sol Apolo, trazendo-o à terra e reanimando os homens. Muito irritado, Zeus impôs um suplício eterno. Acorrentou Prometeu a uma montanha, e ordenou que uma águia diariamente lhe comesse o fígado, o qual renascia novamente no dia seguinte, reiniciando o suplício. Entretanto, quando Hércules esteve no Hades para capturar Cérbero, Zeus permitiu que o herói libertasse Prometeu, pois Zeus necessitava do único conhecimento que não possuía: a capacidade de antever o futuro, dom que Prometeu poderia ensinar-lhe.
Peixes
Alguns mitos associados à peixes são de Poseidon, o nome grego de Netuno, o senhor das águas subterrâneas (que com seu tridente tinha o poder de abalar a terra e o oceano, formando terremotos e maremotos, mas também fazia a água brotar das rochas e do solo) e Dioniso, o deus da metamorfose, do êxtase, da embriaguez dos sentidos, do vinho.
Dioniso, filho de Zeus e Perséfone, foi raptado e comido pelos titãs, sob mando de Hera. Ao saber disso, Zeus fulminou-os com um raio e entregou o jovem coração do filho à Sêmele, princesa tebana que o engoliu. Assim, ela “engravidou” de Dioniso. Posteriormente, Zeus retirou o filho do corpo de Sêmele e o colocou em sua própria coxa, onde permaneceu até o final da gestação. Após o nascimento, entregou-o a Hermes, para que escondesse Dioniso da ira de Hera. Dioniso presidia ritos de êxtase religioso que prescindiam de qualquer ritual de poder. Seus ritos permitiam a experiência religiosa pura, independente do culto realizado ou do deus cultuado. O culto dionísico simbolizava a imersão para a consciência das forças obscuras que povoam o inconsciente, através da bebida, das drogas, da música, canto, dança e loucura.
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