São tempos difíceis. Tempos de excesso de informação e de falta de comunicação real e verdadeira. Comunicamos muitas coisas, mas nunca o que realmente nos interessa. E o que seria isso?
Quem nós verdadeiramente somos. O que vai no íntimo do nosso ser. O que nos faz verdadeiramente felizes ou não. Sabe, eu gosto de coisas boas, de um bom restaurante e de comprar uma boa roupa em um shopping, mas se alguém me dissesse que eu preciso escolher entre ter dinheiro e ver meus sobrinhos crescendo saudáveis e felizes, não tenha dúvida de que eu ficaria com a segunda opção.
Sei que muita gente pensa como eu, mas o interessante é que a maioria das pessoas não sabem quem são, não sabem o que realmente as faria felizes e não têm ideia de qual seria a resposta para a pergunta acima, no seu caso. Não, não estou dizendo que a minha resposta é a certa e comprar roupas no shopping é a errada. É só a minha resposta e se você sente, no seu coração, que seria a certa para você, legal! O problema é quando nos perguntamos qual seria a nossa resposta, e não fazemos a menor ideia!
É, analisar a si mesmo é a última – ou primeira – instância da loucura, aquela que salva. Costumo dizer que amo a minha loucura e as loucuras das pessoas. Aquele tipo de loucura verdadeira, que não faz as coisas para parecer, mas porque é. Aquele tipo de loucura que te faz ficar com vergonha, ou medo, mas seguir em frente mesmo assim. Aquela loucura de quem se libertou de um “sistema” pré-fabricado de coisas e informações que não está nos levando a lugar nenhum.
E não se iluda! Muitas vezes você acha que está indo contra o sistema, mas está só na face escura dele. O sistema é complicado. Ele é cheio de artimanhas para te manter conectado e completamente alienado. Enquanto você se aliena, a vida corre e as coisas acontecem. E você fica parado. Mas como, como eu vou saber que estou alienado?
Simples. Olhe para a sua vida. Ela está como você realmente quer? Você vai dormir todos os dias com a sensação de que fez o seu melhor e, mesmo tendo um dia difícil, fica com a sensação de dever cumprido? Você fica triste com coisas tristes, mas não se envolve com elas a ponto de ficar deprimido? Você consegue ajudar as pessoas a ponto de elas voltarem sempre para conversar com você? E você, consegue se ajudar? Quando tem um problema consegue resolver? Ou arrasta os mesmos problemas por anos a fio, sem nunca tentar? E a pergunta mais difícil: sabe me responder quem verdadeiramente é você?
Não estou perguntando o seu nome ou a sua profissão. Você acessa as camadas mais profundas de si mesmo ou fica navegando na confusão de cima, se metendo em problemas que não são seus para não ver o seu buraco? É, gente! Complicado! O problema é que estar alienado dá ibope! As pessoas alienadas escutam “líderes” da alienação e o sistema se perpetua dando risada da nossa cara.
A solução? Conhece-te a ti mesmo. Saiba quem você é. Saiba quais são os problemas que você precisa resolver, resolva esses problemas e depois, só depois, faça textões no Facebook do que você “acha que acha”. É difícil, complicado, profundo e dói quase o tempo todo, mas é a única maneira de conquistarmos a nossa verdadeira liberdade.
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