3 passos para iniciar no caminho do autoconhecimento

De maneira geral, não trabalhamos em um caminho interno. Estamos sempre marchando em um caminho externo. Acreditamos que no mundo externo está a felicidade. Ao tomarmos esse caminho, achamos que, se as condições estiverem adequadas, estaremos bem.

Não percebemos que, quando olhamos as coisas no mundo, isso mexe com nosso interior e produz as sensações físicas e emocionais. Por exemplo, uma pessoa pode ancorar sua felicidade em viver em um paraíso. Esse paraíso pode ser uma praia ou em um campo florido. Ao conseguir ir para esse ambiente, com toda a certeza problemas aparecerão, e isso poderá fazê-la pensar que estava equivocada ao achar que lá estaria sua felicidade. Assim, em vez de entender que o sofrimento, assim como a felicidade, brota de interior e não nas coisas externas, ficamos mudando as aparências externas esperando que algo mude em nosso interior.

Ficamos tentando mudar as condições externas, sem compreender que não importa o quanto mudemos o exterior, pois nosso interior continuará a gerar as mesmas repetições que produzem sofrimento ou felicidade.

Os obstáculos interiores irão aparecer sempre quando menos esperamos. Podemos nos conectar com amigos muito virtuosos e que sejam muito benéficos. Mas basta que eles se comportem de uma maneira que afete nosso interior, que os acharemos ruins e danosos. Isso porque o significado que damos às experiências são interiores. Não existe lugar que tenha o significado contido em si. Uma praia pode gerar felicidade e alegria para alguém, mas também pode deixar alguém triste. É a referência interna que a pessoa tem dentro de si sobre aquele objeto.

Por isso precisamos iniciar no caminho interior, um caminho que olhe para nosso coração e para nossa mente. Esse caminho interior não é algo fácil, e, se você seguir, irá percorrê-lo até o fim de sua vida.

1º. Conhecer suas emoções

Mulher sentada em pedra na praia de olhos fechados

Nós sentimos, mas precisamos conhecer o que sentimos. Uma abelha, quando bate no vidro, repete o mesmo movimento, buscando sair por ali, mesmo que seja impossível. Isso acontece porque a abelha não conhece o vidro. O vidro não existe no mundo dela, ela não tem esse referencial interno, mesmo que o sinta.

Saiba manter seu equilíbrio emocional

Assim é com as emoções. Por mais que as sinta, se não tiver um referencial interno dessa emoção, não conseguirá vê-la. Veja que, se a abelha conseguisse ver o vidro, ela abandonaria aquele local e procuraria outra saída. Ela estaria livre da prisão de ficar batendo no vidro.

Se adquirimos conhecimento interno sobre nossas emoções, estamos livres de nossa cegueira. Essa cegueira produz o sofrimento. São as causas de nosso sofrimento.

2º. Entender como operamos na dependência dessas emoções

Menina sentada no sofá com um notebook e olhando à sua esquerda com olhar reflexivo

Ao conhecer essas emoções, podemos agora ver como nos movimentamos quando estamos sob a influência delas. Observar nossa mente e corpo e como eles se comportam quando estamos com essas emoções atuando.

Você é diferente quando está com raiva, tristeza, angústia etc. Cada emoção afeta diferentemente cada pessoa. É importante ampliarmos a consciência para isso. Precisamos contemplar cada emoção e como ela nos afeta.

3º. Criar uma rotina da prática interior

Mulher meditando na cama

A meditação, contemplação e estudo sobre o autoconhecimento nos permitem olhar para nosso interior. Se criarmos uma rotina de busca e continuidade de nossa prática de autoconhecimento, conseguiremos entender cada vez mais as causas de nossa felicidade e sofrimento.

Ao buscarmos por essas práticas e nos dedicarmos a essas rotinas, estaremos mais capacitados para conhecer o profundo segredo que é nosso interior.


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