Quem já não ouviu a frase: Seja você mesma? Como se fosse a coisa mais simples do mundo. Porém, como já disse Ralph Waldo Emerson: “Ser você mesmo em um mundo que está constantemente tentando fazer com que você seja outras coisas é uma grande realização”. E não é que ele estava certo?
Somos muitas vezes levados a pular de um papel para outro, vivendo diversos personagens e vestindo muitas máscaras que nos distanciam de quem somos em nosso íntimo. Entre profissões, papéis e representações, acabamos condicionados a pensar e agir de forma a agradar ou ser aceito em grupos e até conquistar melhores posições no trabalho, mas, vestindo uma roupa que não é a que melhor nos valoriza.
Para despertar para quem você é, precisa abrir mão de quem você imagina que é. Alan Watts já sabia do drama existencial que pode ser passar uma vida toda vivendo de forma que todos estejam felizes com quem você aparenta ser, mas sentindo-se completamente desajustado internamente. Porque muitas vezes, para expressar sua verdadeira identidade você terá que decepcionar algumas pessoas, e muitas vezes, uma delas é a parte iludida dentro de você.
O Yoga muitas vezes pode vir como um grande despertador, que não para de tocar quando chega-se a um ponto onde começasse a ir além das falsas ilusões que nós mesmos criamos ao nosso redor. Tirando-nos da zona de conforto, conforme as fichas vão caindo.
Respirar. Meditar. Cantar mantras. Fazer diversas posturas diferentes. Relaxar. Observar. São atividades que irão ajudar a trazer mais consciência à vida e acima de tudo aos pensamentos. Sabendo o que eu penso, consigo me dar conta dos pensamentos que são dos outros e da massa, e quais de fato são meus pensamentos mais reveladores, aqueles que mostram quem eu sou. Dando a oportunidade para a pausa, para o silêncio e para a prática de viver no momento presente, criamos também a oportunidade de começar a ouvir com mais clareza a voz da intuição. Aquela voz que traz as mensagens diretamente da nossa verdade mais essencial à autenticidade da alma.
Realizar-se é uma grande meta e também algo que tem muito a ver com a prática do Yoga. Por que? Porque Yoga é um meio e um caminho que escolhemos com todas as ferramentas necessárias para viver da melhor forma que pudermos, dentro do melhor que podemos vir a ser. Sendo assim, o Yoga também é a meta. Afinal, estamos apenas buscando ser algo que já somos mas apenas esquecemos. O Yoga irá te ofertar apenas aquilo que você já tem. E isso, não é apenas sendo pouco, mas um apenas sendo tudo. É um dar-se conta. Uma grande eureca. A maior revelação de nossas vidas.
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