O mundo, em geral, vive um momento repleto de emergências.
Estamos em transição de uma era para outra e como tal, estamos cada vez mais bombardeados de situações que chegaram ao extremo e esperam por resoluções, como por exemplo:
O que devo fazer para me proteger contra a violência?; O que posso fazer para afastar o meu filho das drogas?; Como posso estar mais preparado para um mercado de trabalho tão competitivo?; Qual despesa deve ser cortada?; Qual é a minha chance de envelhecer com dignidade?; Amanhã o planeta amanhecerá vivo ou de repente uma guerra nuclear terá o poder de acabar com tudo?
Para uma série de emergências, o coletivo vive com sede de respostas e de mais estabilidade, mas com tanto barulho ao redor, fica difícil encontrar equilíbrio e serenidade e acabamos por nos desencontrar mais!
Corremos risco maior quando caímos na utopia de buscarmos paz e harmonia para tal equilíbrio em coisas, pessoas, ou seja, fora de nós, no mundo externo. Consequência disso, vemos o crescente índice de vícios (de todas as espécies), aumento em casos de neuroses e muitas pessoas vivendo relações de dependências umas das outras.
Se cada indivíduo contemplar dentro do seu próprio universo interno a busca de equilíbrio, desencadeará gradativamente maior equilíbrio no mundo como um todo.
Viemos de uma era na qual a proposta era estarmos voltados para fora. Isso se fez necessário, talvez, em um determinado período da evolução humana. Crescemos então materialmente, em tecnologia, ciência e etc...
Porém, a fase atual tende a nos chamar para atender ao que temporariamente foi esquecido com o passar dos tempos, ou seja, aquilo que habita dentro de nós e há muito não é atendido.
Se prestarmos atenção, veremos que, ao mesmo tempo em que avançamos na evolução, temos, em contrapartida, escassez de uma série de coisas. Nos falta papel moeda no mundo (ou este está mal distribuído, trazendo escassez a muitos); Falta-nos cada vez mais água, animais, recursos vegetais normais e saudáveis, amor, dignidade, gente!
Uma árdua transição como essa traz consigo angústias, males, mas também a oportunidade de crescimento e reflexão!
Podemos, portanto, aproveitar da crise a oportunidade de alçar melhores patamares de evolução.
Fica claro nesse momento que o homem tem tido sede de um novo reencontro dentro de si e de ressignificar-se. O planeta está sedento por essa possibilidade para poder sobreviver também.
As últimas gerações não foram ensinadas no colégio e, muitas vezes, nem pela família a buscar também dentro de si recursos para se desenvolverem e ajudar o meio a se desenvolver, ao contrário disso, receberam desde cedo os ensinamentos de como servir da melhor forma possível o meio externo e como ter a habilidade de adquirir bens e renda.
Um indivíduo que pode atender além do mundo externo, seu mundo interno, suas necessidades interiores, dá hoje um diferencial enquanto qualidade de vida e torna-se mais próspero, mesmo em meio a tantos problemas.
Infelizmente a maioria ainda pensa: “Se o mundo não mudar no seu funcionamento e nas suas exigências, não poderei pensar diferente; com o receio de ficar para trás”.
O que mais notamos é que, muitas vezes, as pessoas levaram uma vida até despertarem ao verdadeiro encontro consigo próprio; infelizmente, após passarem por sofrimentos em decorrência dessa alienação. Percebem que sempre tiveram muita sede, só não identificavam precisamente de quê.
Permita-se recomeçar a viver como se começa uma era, questione-se, redescubra-se e pergunte-se: Tenho sede de quê?
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