Lembram das curvas e pedras, a caminho do sol, na subida à montanha? Recordam, agora e além dos tempos, das lições silenciosas do caminho sagrado? Quando desprendidos de tudo o que pensavam, dançavam, na entrega ao Grande Coração! Sim, os espíritos ancestrais estavam e dançavam, estão e dançam, a mesma dança!
Caminham de mãos dadas no labirinto de suas próprias vidas, pelas noites e dias. Esperam, confiantes, o raiar, o nascer do sol, por detrás das velhas montanhas... Sol que não nasce apenas para além das montanhas e sombras... mas também no mais profundo dos corações. Transpõe suas energias e faz brilhar em seus olhos e espíritos, como que tocados pelo fogo da Primeira Vida e assim todas as suas dádivas são resgatadas.
O tambor do coração chama, assim como a própria chama, encanta... Os dias para a dança da vida e a Vida, as noites para a dança dos sonhos e os Sonhos,os espíritos para dança do Grande Espírito, Wanka Tanka!
Alguns sentem, outros vêem, escutam e sonham, movimentam-se no Bem... Todos dançam além das trilhas em direção à águia, suas visões, suas garras e asas, seus vôos... Dançam pelo amor, pela luz, pela paz, começando no calor de seus próprios corações. Dança que pulsa, se expande, toca todo o planeta, curando, vibrando, amando!
Então chega um ponto em que tornamo-nos; Mais espíritos do que corpos, mais essência do que gestos, mais nós mesmos do que qualquer outra coisa.
E as vozes do tambor, tocam forte, cheios do viva, cheios do nato, cheios do Todo! Na sutil dança do coração, entusiasmados, seguem... Conduzidos à uma dimensão suprema e próxima.
Onde esquecemos: nossos próprios sofrimentos, nossas várias formas de fome. Nossas muitas marcas e dores.
Onde estamos presentes, Entregues, para além de nós mesmos, E todos os passos tornando-se compaixão!
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