De maneira geral, definimos coisas em nossa vida e decidimos trilhar um determinado caminho. Inicialmente, aquilo está certo em nossa mente e achamos que devemos criar condições a, b e c para que aquele objetivo se instaure na realidade.
Contudo, parece que começamos a caminhar para um determinado objetivo e outras coisas tiram nosso foco e logo nos perdemos durante a caminhada. Seguimos para um objetivo e logo perdemos esse objetivo de foco e depois nos perguntamos: “Como chegamos até aqui? Esse não era o objetivo.”
Mas por que isso acontece? A razão é a base de nossa mente. A mente cognitiva, ou seja, nossos pensamentos, tem uma base. Uma estrutura que gera os pensamentos que temos e os comportamentos que decidimos ter. Essa base gera nossas emoções e pensamentos com base nos condicionamentos passados. Funciona mais ou menos assim: a pessoa decide que agora começará uma dieta. No entanto, no outro dia já está comendo um chocolate ou um delicioso quindim. Logo pensa que será difícil tomar uma decisão e segui-la, pois a base que gera os comportamentos e as emoções está formada em uma dieta desregulada (sem contar que um quindim é algo muito bom). Há muito tempo ela tem esses comportamentos e precisa de um tempo até que sua decisão cognitiva vire a base que gere o seu comportamento. Acredito que você já tenha passado por algo desse tipo.
A base da mente gera nossas emoções e as ações que produzem os resultados em nossa vida. Se seguimos as energias, os pensamentos e as emoções que brotam dessa base, não somos mais do que meros bonecos que seguem os impulsos condicionados.
Mas há uma forma de mudar?
Sim, podemos mudar. O primeiro passo é sair da crença de que você é uma pessoa que não tem vontade, energia e preguiçosa. Normalmente quem pensa assim está na verdade se enganando e desistindo de mudar sua base e gerar uma mais positiva. Compreenda que sua base é que está gerando os enganos em sua vida e, quando você se familiarizar com um novo padrão, conseguirá mudar a base que gera os problemas e as emoções que produzem o sofrimento.
É como uma árvore que está gerando frutos azedos. A pessoa pensa que, se regar ou injetar açúcar nas frutas, isso vai melhorar. Por um tempo pode até melhorar, mas isso não impede que a árvore gere mais frutos azedos. O real problema está em sua raiz.
Para mudarmos a raiz, primeiro precisamos desencavar e descobrir qual a base gerando o padrão. Após isso, buscamos a familiarização com o novo padrão que queremos e direcionamos nosso foco para isso. Essa direção da mente significa escolha e assim você consegue não ser carregado pelas emoções que brotam da base da mente.
A terapia te auxilia nesse sentido. Quando se realiza uma terapia, o objetivo é descobrir o padrão que gera o sofrimento para que aja uma mudança e que a pessoa aprenda a ter esse olhar para seu mundo interno. Outra forma de ajuda é a meditação. Quando meditações, aprendemos a ter menos responsividade aos pensamentos e emoções que brotam da base da mente. Não seguimos isso e agimos sem pensar. A meditação reduz a impulsividade e gera mais tranquilidade.
Você pode buscar a terapia com algum psicólogo, terapeuta ou analista e aprender técnicas de meditação para incluir na sua rotina. Isso vai ajudar muito em sua vida para que você consiga gerar melhores condições e não ser vítima de si mesmo(a).
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