Durante essa semana, recebi a pergunta que hoje é título desse artigo. Gostaria de dizer que há uma resposta certa para esta questão, ou melhor, uma resposta passo a passo de como fazer para você ficar bem depois do final de um relacionamento. Mas, realmente, não há.
Veja, não quero tirar suas esperanças, mas como cada pessoa é única e lida com as situações de maneira diferente, ficaria no mínimo estranho generalizar uma fórmula para diversas pessoas e que possuem uma interioridade muito complexa. Por isso, o meu movimento nesse texto é mostrar a você outra perspectiva sobre relacionamentos e que podemos aprender 3 grandes lições com o término de um relacionamento.
A primeira coisa que temos que ter em mente é que existe uma inevitável verdade: nada nesse universo é eterno. Todas as coisas tendem a ter um fim. A casa onde mora, a empresa onde trabalha, os lugares onde se locomove, e creia, até mesmo os relacionamentos tendem a ter um fim. Daqui a 10 anos, não sabemos se as coisas que hoje achamos imutáveis estarão lá.
Isso se chama impermanência. Nada permanece sem mudar. Às vezes, temos a impressão de que as coisas não mudam, de que tudo permanece sempre igual, mas daí acontece algo e aquilo nos choca. Isso é porque achamos que as coisas são eternas, imutáveis. Se entendemos que tudo tem um final, compreendemos que aquele relacionamento também está nesse ciclo.
A segunda lição que podemos ter é que somos seres que estamos em constante mudança e aprendizado. Estamos sempre mudando nossa percepção de si mesmos e dos outros. Essa mudança não vale apenas para nós, mas também para quem estamos nos relacionando. Nosso companheiro pode mudar, mas sempre tendemos a congelar essa pessoa. Acreditamos que ela nunca vai mudar e que sempre será a pessoa que conhecemos. Entenda, não estou dizendo que deve olhar os outros com desconfiança, mas para compreender que assim como as coisas do mundo são mutáveis, as pessoas também são.
E o que isso ajuda você?
Para responder essa pergunta chegamos então na terceira lição, que é entender que precisamos não entrar em relacionamentos baseados em suprir nossas carências. Se achar que o outro deve fazer você feliz, então acaba de cair na armadilha da carência. Assim começam os problemas, pois criamos regras de como a pessoa deve se comportar ou agir para merecer nosso amor. Isso cria muitas dificuldades porque no momento em que a pessoa muda, entramos em sofrimento e infelicidade.
Por isso, não devemos colocar a responsabilidade de nossa felicidade nos ombros de outra pessoa, pois isso gera um sentimento de obrigação no outro. Você é capaz de gerar sua própria felicidade e, dessa forma, pode compartilhar sua alegria com o outro, ao invés de querer que essa pessoa traga alegria para sua vida.
Espero que esse texto dê a você uma nova visão sobre os relacionamentos, pois minha intenção nesse artigo é que você compreenda que podemos manifestar o amor sem condicionantes, sem esperar que a pessoa se comporte de tal maneira. E que se o relacionamento acabou, podemos passar e sobreviver a isso, pois, afinal, até mesmo o sofrimento é impermanente.
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