Desenvolvendo a empatia

"É o fim do mundo!" Quantas vezes você já ouviu ou falou isso vendo o noticiário? Quem não sentiu o coração pesar com a tragédia do Chapecoense, ou quem não sente uma leve tontura ao ver o vídeo de um lugar muito alto? Apesar de distintos, ambos são exemplos do que é empatia.

A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, é o sentimento que te faz chorar em filmes de romance, o que te faz refletir sobre os horrores de uma guerra, o que te deixa triste ouvindo o noticiário, mas também é o que te faz sorrir pelo sucesso dos seus entes queridos. Esse incrível conceito é o que fez a humanidade se manter viva até os dias de hoje, afinal, nenhum bebê poderia continuar vivo sem os cuidados de um adulto.

Mas o que podemos fazer para estender esse sentimento para mais além?

Um neném não vive sem um adulto, assim como os seres humanos não durarão muito tempo se não aprenderem a se unir. Com isso, chegamos a uma grande questão: o egoísmo. Em algum ponto de nossas vidas crescemos e paramos de nos importar tanto com o outro, ou melhor, nos envolvemos tanto com os problemas e ocorrências do cotidiano que passamos a julgar demais e a conversar de menos. Qual foi a última vez que você olhou alguém pensando no que ele poderia estar passando em vez de julgar por que ele está com determinada cara ou por que agiu da maneira x, y ou z?

Desenvolvendo a empatia

Ainda que essa seja uma capacidade natural do ser humano, é possível desenvolvê-la ainda mais com algumas pequenas atitudes:

• Aprenda a olhar para o outro ao invés de julgá-lo.

• Livre-se da ideia de que você é o centro do mundo.

• Tente realmente se colocar no lugar do outro. Imagine que teve a mesma criação, viveu no mesmo contexto, vá além do "eu no seu lugar..."

• Leia mais, ouça mais histórias. Pode parecer bobo, mas ao ouvir a descrição do passado e de sentimentos de outras pessoas, você acaba simpatizando por causa da narrativa envolvente.

• Invista no seu autoconhecimento. Seja terapia, yoga, tai chi, o importante é praticar uma atividade que te coloque em contato com seu interior, pois só conseguimos pensar no outro com clareza e seriedade quando o nosso interior também está em harmonia.

Aprenda a não ser bucha

Sabe aqueles indivíduos que choram só de ouvir uma história mais triste? Então, as pessoas com a empatia muito desenvolvida correm um sério risco de virarem bucha. Involuntariamente, elas acabam absorvendo as energias negativas embutidas no cotidiano e ficam bastante estressadas, isso quando não chegam ao ponto de acreditar que tudo que está acontecendo de ruim é culpa delas, de tão profundo que é o grau de empatia que elas são capazes de alcançar.

Nesse caso, não há segredo, a melhor forma para evitar isso é por meio dos momentos de introspecção: fique um pouco longe do noticiário, invista nos seus hobbies, não seja tão aquele ombro amigo. Enfim, busque reservar um tempo para recarregar as suas energias.

Por fim, será que é mesmo o fim do mundo, ou seria o marco do seu recomeço? O ser humano é dotado da incrível capacidade de reflexão. Hipocrisia seria julgar que somos incapazes de agirmos diferente, só porque apresentamos uma tendência egoísta natural da nossa própria necessidade de sobrevivência. Mas, talvez, seja hora de nos lembramos do quão longe podemos chegar com a união e do quão felizes podemos ser só pelo simples fato de reconhecer que no jogo de xadrez da vida, nós também poderíamos ser o peão do outro lado do tabuleiro. Xeque-mate.


Artigo escrito por Amanda Magliaro da Equipe Horóscopo Virtual.

 

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