A mulher é, muitas vezes, vista como exagerada na sociedade. Isso ocorre por conta do machismo estrutural no qual elas estão inseridas. Entretanto diferente do que muitos acreditam, esse fator afeta não somente o seu psicológico, mas também a sua saúde física.
Apesar de fazerem parte do considerado sexo frágil, é muito difícil que as mulheres tenham as suas dores levadas a sério. Por esse motivo, é comum que elas acabem sofrendo mais com condições que podem até mesmo serem fatais.
De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Minnesota, realizada com dados obtidos entre 1991 e 2010 e divulgado em 2018, as mulheres possuem 1,5% mais chances de morrerem caso seus médicos sejam homens. Esse dado mostra que os homens não acreditam nas dores sofridas e relatadas pelo sexo oposto, o que impacta diretamente no tipo de tratamento que essas pacientes recebem.
É por esse motivo que grande parte das mulheres hesita muito no momento de procurarem ajuda quando sentem que algo de errado está acontecendo em seu corpo e em seu organismo. Elas têm medo não só de serem julgadas, mas também de serem maltratadas.
Esse fator, contudo é extremamente perigoso para a saúde da mulher. Quando mais tempo demoramos em realizar exames de rotina, por exemplo, mais uma doença séria pode se desenvolver. O que poderia ser tratável, então se torna incurável dependendo da condição que tratamos.
O câncer de mama, por exemplo, é um dos principais causadores de morte entre as mulheres. Felizmente ele pode ser detectado precocemente por meio da mamografia. Para que isso seja possível, contudo é necessário que as mulheres não só façam exames periódicos, mas também procurem ajuda quando percebem alguma modificação em seus seios.
É muito difícil, todavia que as mulheres sigam essa recomendação por conta do sofrimento que passam dentro da área da saúde. Por isso, foi instaurado o Dia Nacional da Mamografia, que procura mostrar a importância desse exame. Saiba mais!
O Dia Nacional da Mamografia
Foi instaurado, em 5 de fevereiro, o Dia Nacional da Mamografia. A data trata de um assunto muito importante para todas as mulheres: o exame preventivo de câncer de mama.
Essa doença é uma das maiores causadoras de morte entre as mulheres. Contudo quando detectada precocemente, tem até 95% de chances de cura. Ou seja, é de extrema importância que às mulheres façam autoexames diariamente ao passo em que realizem procedimentos médicos uma vez por ano.
A mamografia é o principal método que detecta esse tipo de condição. Mesmo assim, muitas mulheres negligenciam a sua própria saúde e não realizam esse procedimento anualmente. De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE em 2013 e divulgada em 2015, cerca de 27% das população feminina não faz esse exame por terem medo ou por simplesmente acharem que ele não é importante.
Por esse motivo, se tornou necessária a criação da data que procura oferecer maior visibilidade a esse procedimento. O dia 5 de fevereiro foi escolhido por fazer referência à Santa Ágata, protetora das mamas e padroeira dos mastologistas.
Nesse dia, portanto campanhas voltadas à essa questão são criadas, de maneira a impulsionar às mulheres a procurarem um médico e realizarem esse exame.
Um exemplo de instituição muito engajada em campanhas divulgadas nesse dia tão importante é a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama - FEMAMA, que com diferentes tipos de parcerias dá o seu máximo para oferecer maior conhecimento acerca desse assunto.
A evolução da mamografia
Agora que já conhecemos a importância do Dia Nacional da Mamografia, é preciso entender mais sobre esse exame tão importante que é capaz até mesmo de salvar vidas.
Com funcionamento muito parecido ao raio-X, a mamografia pretende visualizar qualquer anormalidade na mama. Para que seja realizado, é preciso que o seio seja comprimido para que, assim, a qualidade das imagens seja aumentada e seja possível visualizar todos os elementos de maneira mais eficiente.
Criado em 1913, pelo alemão Albert Salomon, o mamógrafo, aparelho utilizado na realização desse exame, passou por diferentes tipos de evolução.
Logo após o seu surgimento, por exemplo, ele analisava apenas tecidos que foram retirados do corpo humano, por meio da mastectomia. Em 1966, contudo já se tornou possível realizar exames em pacientes que não passaram pelo procedimento citado, enquanto o primeiro mamógrafo chegou ao Brasil apenas 5 anos depois, em 1971.
Depois desse período, as evoluções se deram em relação à qualidade da imagem proporcionada pelo exame. Se antes os resultados não possuíam uma definição muito boa, hoje é possível até mesmo realizar a análise de detalhes.
Embora o câncer de mama muitas vezes seja sentido por mulheres que realizam o autoexame e apalpam os próprios seios periodicamente, com a mamografia é possível identificá-los em um estágio menos avançado. Isso porque o exame detecta até as menores das lesões mamárias, o que ajuda muito no diagnóstico precoce.
Mesmo que cause certo desconforto, a mamografia é um exame que pode salvar vidas, e por isso, não deve ser deixada para depois ou ser tratada como se não fosse importante!
É importante lembrar que a mamografia deve ser realizada uma vez por ano por todas as mulheres que possuem mais de 40 anos. Além disso, quem possuir algum tipo de recomendação médica ou histórico de câncer de mama na família também deve passar por esse procedimento, mesmo que não se enquadre na faixa etária em questão.
Lembre-se que, mesmo que você não possua convênio médico, é um direito seu realizar esse exame gratuitamente pelo SUS, de acordo com a Lei Federal 11.664, criada em 2009, juntamente com o Dia Nacional da Mamografia.
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