Recentemente constatamos que uma grande parte da imprensa trabalhou seriamente, quando muito se falou sobre uma determinada pessoa que estaria voltando do Canadá, tornando-a uma celebridade em questões de segundos, pois a dita grande imprensa alardeava isso de maneira viral.
Vale lembrar que não nos movimentamos apenas fisicamente, mas também por reações, ações e atitudes que são frutos da (des)informação e do (des)controle remoto tão presente atualmente em nossas vidas e que acontecem também devido aos apelos das mídias, que produzem e desenvolvem comentários que nada trazem de conteúdo, contando, é claro, com a agonia de uma sociedade cada vez mais ávida de futilidades e superficialidades, já que pensar e raciocinar verdadeiramente dá trabalho.
E nos abastecendo assim, nos tornamos cada dia mais receptivos e alienados às pautas idiotas, comentários em rede nacional que não agregam nada de valor, imagens e closes capazes de impactar emocionalmente, mas não de gerar uma maior reflexão, provocando uma discussão séria e responsável sobre os temas, longe de achismos e de sensacionalismo barato, mas sim colada na busca frenética e alucinada pela audiência a qualquer custo, onde cada ponto vale somente e unicamente mais consumidores, que na verdade são consumidos dia a dia por um estilo de vida cada vez mais esvaziado e empobrecido.
Mesmo assim não devemos deixar de reconhecer a importância das mídias e de suas frentes mais pensantes, que lutam por uma boa qualidade da informação, que não se vendem a qualquer preço justo ou injusto, pois ainda acreditam na possibilidade de bons leitores, ouvintes e telespectadores, que não banalizam a violência interna e externa, mas sim se esforçam por manterem bons filtros, capazes de uma depuração que evite a triste conclusão que hoje em dia é assim mesmo e não tem mais jeito.
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