Ao olharmos para nossa casa, não são os ferros, tijolos, cimento, areia, tinta, janelas e portas que a constroem. Há um aspecto sutil que transforma aquele ambiente em nosso lar. Há um significado interior profundo construído quando olhamos para nosso lar. Essa construção interna e de significados que damos às coisas é nosso mundo interno espelhado nos objetos internos.
Lembro-me de um casal de amigos que estudavam na mesma faculdade. Eles fizeram várias cadeiras juntos e se cruzaram muitas vezes durante seus estudos. Somente no final do último semestre, seus olhares se encontraram e, de repente, criaram uma conexão. Começaram a namorar e se casaram.
Mas como isso só aconteceu no final e não durante o tempo em que se cruzavam? Somente no final o aspecto interno de cada um refletiu no outro. É assim que nos apaixonamos. Projetamos nosso mundo interno nas coisas e nas pessoas.
Para comprovar isso, basta olharmos para as situações que acontecem. Um mesmo evento pode ter diferentes significados para diferentes pessoas. Um carro pode ser algo atraente ou totalmente ruim, dependendo de quem o olha. Uma casa pode trazer boas ou dolorosas lembranças, depende de que lembranças a pessoa aciona quando olha para essa casa.
Podemos concluir que os objetos com os quais nos relacionamos não têm características para nos emocionar, mas que nos emocionamos quando algo dentro de nós é acionado quando entramos em contato com o objeto.
Uma foto do namorado pode mexer com a pessoa. Vai depender de como está esse relacionamento. Se o namoro vai bem, a foto é motivo de alegria; se vai mal, pode ser motivo de raiva ou tristeza. É o aspecto interno que vai definir como iremos nos relacionar com as coisas.
A vida toda é assim. Construímos no campo sutil a realidade que vivemos, mas não percebemos isso. Achamos que as coisas e situações são fixas, e que, para mudá-las, seria necessário um grande esforço.
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Contudo basta que mudemos nosso olhar para ver como a realidade se altera também. No caso de meus amigos na faculdade, eles mudaram o olhar de indiferença para um olhar de interesse. Interessaram-se pelas qualidades um do outro, e isso mudou a forma como eles se relacionavam.
Se olhamos para uma floresta, podemos ver aquilo como uma beleza infinita, cheia de vida e de diversas realidades. Se temos uma visão econômica, passamos a ver como recursos e acabamos devastando a região para obtermos lucro no jogo econômico. Podemos também ver a floresta como um lugar que nos sustenta e passarmos a viver ali, alimentando-nos do lugar e o protegendo.
De maneira geral, fazemos esforços para mudar as situações externas, esperando que elas se conectem com nosso estado interno. Quando não conseguimos, sofremos. Então, uma forma mais fácil é olharmos para nosso interior, para aquilo que estamos refletindo. Se nosso coração e mente se sentem angustiados por algo, precisaríamos entender por que esse “algo” nos angustia e aciona isso em nosso interior.
O exterior possui a capacidade de nos apresentar como nossa mente anda. Se olhamos as coisas e sofremos, é apenas nossa insatisfação interna que está refletida no mundo. Proponho aqui um caminho diferente. Um caminho interno, que permita a você um olhar para dentro de seu coração e mente, descobrindo assim o que o faz feliz e lhe traz energia e motivação.
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