Hoje eu quero falar sobre um assunto que talvez seja direcionado muito mais aos trabalhadores da luz do que aos leitores em geral. Mas todo mundo vai certamente tirar proveito. É sobre as trocas monetárias envolvendo trabalhos do nicho espiritual/metafísico.
Qual a política do Reino de Deus em relação a isso? É simples, dai a César o que é de César, e a Deus o que é Deus. É justiça e honestidade. Pronto, é isso! Todo trabalhador da luz que vive ao serviço da luz precisa tirar da luz o seu sustento. Conforme Paulo disse aos cristãos do primeiro século – Quem serve o altar, do altar tire o seu sustento. Ok, trabalhador da luz também paga contas. A gente entende isso. Apesar de que tem muitos que argumentam – Mas Jesus não cobrava por sua ajuda – Não é bem assim. Existia ali uma moeda de troca.
O Mestre costumeiramente escolhia alguém dentre o povo que tinha melhores condições financeiras e sociais e lhe dizia – Fulano, convém hoje que eu repouse em sua casa. – O que é isso senão uma moeda de troca? Jesus (em sua obra missionária) não tinha onde deitar a cabeça, mas havia uma troca de favores entre ele e os seus ajudados. Ele recebia doações, era hospedado (e aos seus discípulos) “gratuitamente”, era alimentado e ainda presenteado com óleos caros e produtos da época que só eram usados por quem tinha boa posição social. Conclusão, ele servia o altar e dele tirava o seu sustento. Jesus não estabelecia “preços” porque eles não viviam sob o capitalismo atual. Não pagavam taxas de internet, luz, água e outras coisas do mundo moderno que precisamos se queremos viver nele, e bem.
Então, conclui-se que quem serve integralmente à luz tem sim o direito de tirar dela o seu sustento. SUSTENTO, prestou atenção na palavra? E aí eu entro no “x” da questão. A política do Reino de Deus respeita as trocas monetárias, quando são justas. Mas não é bem isso que costumeiramente vemos por aí. Preços exorbitantes, altas taxas e cursos caríssimos são oferecidos por “trabalhadores da luz”. Tem alguma coisa errada. O conhecimento do Reino de Deus é para todos. Se quem mais precisa é quem menos pode pagar, como é que fica então? Essa grande massa de pessoas que não podem pagar, nunca conseguirá evoluir? É mais ou menos isso... E não seria esse o mesmo sistema da Matrix? Privilégios para poucos? Então, não houve mudança, o paradigma é o mesmo.
E faz-se um marketing pesado em cima, com promessas de mudanças incríveis pra quem fizer os tais trabalhos, cursos, workshops, etc... Daí, a pessoa mal tem para sustentá-la, mas paga pelo “produto”. Depois, cria mais uma dívida, fica tensa, complica a vibração e sob essa tensão, nada consegue mudar. E o resultado é pior do que o de antes. E aí, quem é responsável? Primeiro a pessoa, que se deixou levar por promessas alheias. E depois, quem vendeu o produto. Não é porque uma pessoa é fraca e vulnerável que eu me aproveitarei disso para garantir o meu em cima dela. Onde está o amor ao próximo e o respeito por ele? Eu trabalho pelo progresso do todo ou só pelo meu? Porque se alguém se ferra por causa de outro que o enganou e tirou proveito, esteja certo, esse indivíduo vai responder por isso, pois ninguém tem o direito de se aproveitar da inocência dos outros para se dar bem. Ainda mais quando estamos falando de espiritualidade.
Por isso, eu sempre digo em meus trabalhos e produtos oferecidos no blog, principalmente a Magia da Transformação, que tudo só muda se você mudar. E que se não fizer a sua parte, nada vai resolver. Não podem ser prometidos resultados mirabolantes com o fim de seduzir meramente o cliente para comprar. Isso é desonesto e sujo. Ainda por cima cobrar algo absurdo para ajudá-lo a expandir a consciência! Gente, que espiritualidade é essa?
Se você trabalha com isso é direito seu cobrar. Mas cobre algo justo, acessível. E se enriqueça se for o caso, mas uma riqueza baseada no grande alcance do seu trabalho (que diretamente significa vendas em grande escala) e não na desonestidade em extorquir do próximo. Seja honesto e de caráter limpo. Quem serve no Reino de Deus tem como objetivo auxiliar os irmãos. A partir do momento em que os ganhos, números e lucros falam mais alto do que alcançar as almas e ajudá-las, pode ter certeza, o Reino de Deus não tem aliança com isso.
Que o Amor nos Cure!
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