Ogum é um dos Orixás mais importantes para as religiões de matriz africana. Sua popularidade é tão grande que conhecidos nomes da música brasileira, como Zeca Pagodinho, já fizeram músicas em sua homenagem. Considerado o deus da guerra para a mitologia Yorubá, Ogum é símbolo de força, coragem e proteção.
Nesse artigo exploraremos detalhes sobre a história, características e rituais para Ogum, então se você está pronto para aprender continue essa leitura conosco!
O que você encontrará neste artigo
A importância de Ogum na Umbanda e quem é o Orixá?
Ogum é um Orixá que trabalha no polo masculino do trono da Lei e da Ordem, ao lado de Iansã, que representa o polo feminino dessa energia.
Em essência, ele é o deus da guerra, dos metais e do derramamento de sangue, mas isso não o torna uma figura má, pelo contrário, ele seria o responsável pela evolução e desenvolvimento tecnológico da nossa sociedade.
Aprenda a agradar os Orixás da forma certa
Afinal, as guerras trouxeram dor e destruição, mas em simultâneo ocorreram as descobertas tecnológicas da indústria armamentista, que desenvolveram coisas importantes para nós hoje, como o algodão, a internet e o carro, por exemplo.
Sendo assim, Ogum é considerado o patrono daqueles que transformam o metal em algo útil para os seres humanos e também é o Orixá que nos auxilia em nossas batalhas materiais e espirituais.
Com ele não há injustiça, o caminho sempre será o da retidão, sendo assim, não é sábio pedir por ajuda de Ogum quando as suas condutas não estão em equilíbrio.
Ao nível coletivo, o Orixá representa a abertura de caminhos para o progresso e para a criatividade, levando à expansão da nossa consciência, habilidades e capacidades. Logo, Ogum se mostra muito maior do que simplesmente o Orixá da guerra, ele é extremamente importante para nós individual e coletivamente.
Na Umbanda, ele é evocado para trazer o corte das energias negativas e dos seres que fazem o mal, colocando tudo na perfeita ordem. Ogum também vem trazendo movimento, energia, vitalidade e ação para os fiéis que carecem disso no dia-a-dia.
Livros para aprender sobre Ogum
Explicar esse Orixá em apenas um artigo é difícil, então se você quer aprender mais sobre Ogum e se conectar com sua energia, recomendamos a leitura dos seguintes livros:
1. Ogum: Orixá das Sete Encruzilhadas de Paulo Cesar de Oliveira
2. Orixá Ogum: Histórias e Poesias de Helder Freitas
3. Dicionário de Ogum de João da Cruz
4. Orixá Ogum: Orixá dos Guerreiros de Roberto Airton
Lembre-se que a interpretação da entidade pode variar conforme o escritor e a linha da Umbanda que ele segue, então tente não procurar por qual informação é a certa ou errada, apenas absorva os ensinamentos que cada um pode passar sobre Ogum.
A História de Ogum
Assim como toda mitologia, é difícil saber qual foi a real origem e história do Orixá, o que não é um problema, porque assim temos a oportunidade de conhecer diversas possibilidades para o surgimento dessa entidade tão poderosa.
Segundo a mitologia, Ogum teria sido o filho mais enérgico de Odùduà, e foi ele que se tornou regente do reino do pai durante um período onde ele teria ficado cego.
Há também lendas que dizem que Ogum é filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Ogum é geralmente retratado com uma vida amorosa vigorosa e há histórias de que ele já teve relações com Oya, Oxum e Obá, além das suas aventuras de amor durante as guerras.
Sendo assim, realmente é trabalhoso afirmar qual é a história de Ogum, há uma versão escrita por Luiz Antônio Simas, o qual é escritor, professor, compositor brasileiro e babalaô no culto de Ifá. Confira o texto de Luiz a seguir:
OGUM, SENHOR DAS TÉCNICAS E ARTES por Luiz Antônio Simas
"Dentre os orixás africanos mais populares no Brasil e em Cuba, países em que o conhecimento de Ifá se estabeleceu com significativa força, está certamente Ogum. Creio também que Ogum é, por incrível que pareça, um orixá mal compreendido do lado de cá do Atlântico.
Ogum ocupa, na mitologia dos iorubás, a função do herói civilizador e senhor das tecnologias. Foi ele, por exemplo, que ensinou o segredo do ferro aos demais orixás e mostrou a Oxaguiã como fazer a enxada, a foice, a pá, o enxadão, o ancinho, o rastelo e o arado.
Desta maneira permitiu que o cultivo em larga escala do inhame salvasse da fome o povo de Ejigbô. Em agradecimento ao ferreiro, Oxaguiã passou a usar em seu axó funfun [a roupa imaculadamente branca da corte de Obatalá] um laço azul - a cor de Ogum.
Ogum também ensinou aos orixás como moldar na forja os adornos mais bonitos e os utensílios que enfeitam as danças dos deuses entre os homens. Desprovido de ambições materiais, recusou a coroa e entregou toda a riqueza que acumulara a uma simples vendedora de acaçá que lhe pedira esmola.
Ogum é irmão dileto de Exu. Recusou, em um dos poemas do Ifá, oferendas suntuosas. Mandou que os presentes fossem entregues a Exu e disse: quem agrada e cuida do meu irmão é aquele que verdadeiramente me agrada.
Ao burburinho das cortes, preferiu a solidão das matas e das grandes caçadas ao lado de Odé. Aos trajes suntuosos, preferiu a simplicidade da roupa feita com as franjas das folhas do dendezeiro.
Ogum virou general para acabar com as guerras. Em um mito de extrema beleza, Ajagunã brigava sem parar e não atendia aos apelos de nenhum orixá.
Ogum se aproximou de Ajagunã e disse: Babá, me entregue as suas armas e o seu escudo; eu faço a guerra para que o senhor descanse. Ajagunã entregou os utensílios de batalha a Ogum - que prometeu jamais usá-los em um conflito desnecessário.
O mito de Ogum mais difundido no Brasil, entretanto, é outro. Refiro-me ao episódio em que ele volta, após uma longa temporada de caça e guerra, ao povoado de Irê.
Ogum chega a Irê no dia dedicado, segundo a tradição, ao silêncio absoluto. Em virtude desse dia do silêncio, Ogum não foi saudado pela população da forma como esperava.
Enfurecido, se considerando injustamente desprestigiado, pegou sua espada, destruiu as casas, ruas, praças e mercados, massacrou todo o povo e tomou banho com o sangue dos que acabara de matar - amigos, inimigos, familiares e desconhecidos.
Pouco tempo depois, um único sobrevivente reverenciou Ogum e disse que o povo não o saudara em virtude da tradição do silêncio. Ogum ficou inconsolável e admitiu que se esquecera do ritual.
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Profundamente arrependido do banho de sangue - pelo qual jamais se perdoou - resolveu desistir de caçadas e guerras, cravar sua espada no solo e sumir na terra, virando para sempre um orixá. Desde então Ogum respeita o silêncio dos homens e não gosta de gritarias.
Um dos versos mais famosos de Ogum - aquele que tendo água em casa se lava com sangue - se refere exatamente a este episódio emblemático, o mais lamentável na trajetória do grande herói civilizador do povo iorubá, e do qual o ferreiro se arrependeu com todas as suas forças.
Esse verso, retirado do contexto do mito, perde todo o sentido que a sabedoria de Ifá estabeleceu - está aí, na reação intempestiva, a negatividade, a perda do axé, da energia de Ogum.
A partir dessas histórias, as mais emblemáticas e que fundamentam o culto a Ogum, chego ao ponto que me parece crucial.
No Novo Mundo, especialmente no Brasil e em Cuba, a face mais marcante do orixá - a do ferreiro, patrono da agricultura, professor de Babá Oxaguiã, inventor do arado, desligado de bens materiais, senhor das tecnologias que mataram a fome do povo e permitiram a recriação de mundos como arte - praticamente desapareceu.
A explicação não é nova: a agricultura nas Américas estava diretamente ligada aos horrores da escravidão. Como querer que um escravo, submetido ao infame cativeiro e aos rigores da lavoura, louvasse os instrumentos do cultivo como dádiva?
Como enxergar no arado, na enxada e no ancinho instrumentos de libertação, quando os mesmos representavam a submissão ao senhor e o fruto da colheita não pertencia a quem arava o solo?
Ogum foi perdendo, então, o perfil fundamental de herói civilizador - a maior de suas tantas belezas. Seu culto entre nós, cada vez mais, se ligou apenas aos mitos do guerreiro.
Ogum é o general da justiça e da reparação contra o horror do cativeiro, mas pode ser também o guerreiro louco e implacável que, assim como salva, é capaz de destruir àqueles que ama e viver na solidão absoluta.
Prevaleceu na diáspora, portanto, o Ogum do qual o próprio Ogum, em larga medida, se arrependeu: o intempestivo guerreiro que, em um momento de incontrolável acesso de fúria, foi capaz de se lavar com o sangue do próprio povo. Envergonhado desse banho, preferiu deixar a terra e viver no Orum.
Faço essas observações porque sobre elas reflito constantemente. A razão é simples: sou filho de Ogum, iniciado no culto ao grande orixá. Passei pela cerimônia que me permite usar a faca consagrada do meu pai. Os que são do santo sabem o que quero dizer com isso, e é suficiente.
Ogum é meu pertencimento mais profundo. Mora dentro de mim como mora no magma da terra. Sei que sou capaz da criação - Ogum é, Sei que sou capaz da criação - Ogum é, antes de tudo, um criador - mas sei também que sou capaz da fúria.
Sou filho do deus que criou a civilização com o arado e destruiu a civilização com a espada. Posso ser capaz, como meu pai, da canção e do martírio. Flor e afiada faca.
Um grande babalaô, em certa ocasião, recitou para mim um poema de Ifá com a seguinte trama: um filho de Ogum perguntou ao oráculo quem era o seu maior inimigo e como fazer para encontrá-lo e destruí-lo.
Orunmilá determinou que esse homem fizesse sacrifícios com galos e caramujos e seguisse determinado caminho. No final da vereda o inimigo o estaria aguardando para o combate. Assim foi feito.
Após longa caminhada, o homem atingiu o fim da estrada e encontrou apenas um pequeno lago de águas cristalinas. Julgando que o algoz ainda não chegara, resolveu lavar as mãos no lago. Ao se agachar o homem viu, com nitidez impressionante, a sua própria imagem refletida no espelho d´água. Era a resposta de Ifá.
A arte da criação e o exercício da simplicidade generosa é, para os filhos de Ogum, o descanso na loucura e a única maneira de domar o inimigo que (me) espreita ao final de cada jornada".
Se você gostou desse texto, também pode conhecer mais sobre o livro completo do escritor "Ogum: O inventor de ferramentas"
Dia de Ogum: como celebrar com alegria?
A data comemorativa que homenageia Ogum é 23 de abril e é nessa data que os fiéis costumam fazer festas e oferendas para o Orixá em busca de proteção, abertura de caminhos e vitória em todas as batalhas.
Mas, não é apenas uma vez ao ano que podemos cultuar Ogum, todas as terças-feiras são consideradas dias de Ogum para os religiosos, portanto você também pode realizar rituais e oferendas nesse dia semanalmente.
E você sabia que dia 23 de abril também é Dia de São Jorge? Isso acontece devido ao sincretismo religioso que ocorreu entre essas duas figuras.
Como Ogum e São Jorge se relacionam?
No período colonial e escravocrata, muitas pessoas foram trazidas do continente africano e com elas vieram suas tradições ligadas à religião Iorubá.
Porém, ao chegarem aqui eram catequizadas e obrigadas a seguir a fé dos colonizadores. Como uma solução para continuar cultuando os deuses de sua religião, aconteciam os sincretismos que nada mais são do que a fusão de crenças e práticas religiosas de diferentes origens.
O sincretismo entre São Jorge e Ogum é um tema bastante debatido entre os teólogos, mas é quase certo que ele ocorreu devido às semelhanças entre o Orixá e o Santo.
Ambos são considerados protetores dos viajantes, símbolos de força, proteção, coragem e disciplina, além de serem venerados como guerreiros. Assim, muitos adeptos de religiões de matriz africana acreditam que Ogum é a manifestação de São Jorge.
As diferenças entre eles são poucas, basicamente temos o fato de São Jorge ser representado como um homem branco, montado em seu cavalo e derrotando o dragão, enquanto Ogum é um homem negro, forte, com vestes que remetem às vestes africanas de cor azul.
As falanges de Ogum
Você também já deve ter visto Ogum com outras variações de nome como Ogum Megê, Ogum Beira Mar, Ogum Xoroquê, entre outros. Nesses casos, não se tratam de diferentes representações da mesma entidade, mas sim de falanges que respondem diretamente para Ogum. Calma, nós explicaremos melhor!
As falanges são grupos que estão na mesma vibração de Ogum, mas executam trabalhos diferentes e também trazem características variadas. Vamos conhecer brevemente algumas falanges mais populares de Ogum:
Ogum beira-mar: ele é o Senhor da Sétima Onda do Mar e domina todas as marés. Geralmente é cultuado em litorais, já que é representado como o dono das praias e responsável por receber as oferendas deixadas na beira do mar.
Ogum Xoroquê: ele é uma entidade dual, contendo duas forças em si, a de Ogum e a de Exu. Ligado ao fogo e aos metais de guerra, ele é dono do ouro e da magia, por isso, é chamado para abrir caminhos.
Ogum Megê: conhecido como Guardião dos Cemitérios, ele é valente e corajoso, sempre oferecendo força para os guerreiros que precisam continuar sua luta. Acredita-se que ele tem uma ligação direta com o Povo Megê, uma corrente espiritual formada por soldados negros-africanos.
Ogum de Ronda: ele trabalha diretamente com Ogum Megê e faz suas rondas a meia-noite por todas as estradas, caminhos e encruzilhadas.
O que mais você precisa saber sobre Ogum?
Você já aprendeu muito sobre Ogum até aqui, mas ainda há informações valiosas que podemos acrescentar no seu aprendizado como as características dos filhos de Ogum, seus rituais e oferendas, pontos, orações e muito mais.
Filhos e filhas de Ogum: quem são eles?
Os filhos de Ogum costumam gostar de uma boa briga, mesmo que eles não tenham nada a ver com ela. Também gostam de diversão e festividade, que combinam com sua energia contagiante e alegre que domina qualquer espaço onde chegam.
Geralmente os filhos de Ogum conseguem aquilo que desejam, porque eles se esforçam, são incansáveis e destemidos, sempre buscando uma forma de vencer aquela batalha. Porém, isso não os torna teimosos, porque os filhos do Orixá sabem que só se deve lutar pelo que é certo e trará felicidade.
Contudo, como tudo tem o seu lado negativo, eles podem se tornar prepotentes e vaidosos caso não estejam em equilíbrio.
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Por acumularem muita energia, os filhos de Ogum precisam praticar atividades físicas constantemente para liberar de maneira equilibrada como se sentem. Eles também precisam de atividades que aliviam o estresse e de boas noites de sono para recarregarem a bateria antes da próxima batalha.
Por fim, são pessoas que buscam a liberdade, amam viajar e vivem intensamente suas vidas e emoções. Você tem alguma dessas características?
Lembre-se que para saber realmente de qual Orixá você é filho, o melhor é procurar por uma Mãe ou Pai de Santo e pedir todas as orientações sobre o caminho para eles.
Rituais e oferendas para Ogum
Às terças-feiras, dia de Ogum na semana, os fiéis costumam cultuar o orixá para pedir proteção contra as demandas feitas e também ajuda para vencer as batalhas diárias.
Para cultuar Ogum são utilizadas velas brancas, azul-escuras e azul-claras, além de ervas como alecrim, alfazema e guiné para a defumação. Você também pode fazer banhos de folha de mangueira, banho de guiné ou banho de espada de São Jorge para se conectar com a energia do Orixá.
Outra forma de cultuá-lo é através das oferendas, que você pode fazer para pedir pelo auxílio de Ogum.
Oferendas para Ogum
Em primeiro lugar, é importante lembrar que as oferendas são parte de um trabalho sério realizado pelos religiosos e não devem ser feitas de maneira desrespeitosa ou com más intenções.
A melhor forma de fazer uma boa oferenda é procurar por um Pai ou Mãe de Santo que auxiliarão você a fazer o melhor trabalho para alcançar seus objetivos. Porém, há algumas formas simples de agradar ao Orixá, veja a seguir!
Em uma terça-feira coloque em campos, caminhos ou encruzilhadas os elementos de Ogum como as velas, cerveja, flores, cravos ou feijões. Lembre-se de colocar a sua intenção firme na hora de fazer a oferenda, deixando claro que aqueles elementos são oferecidos a Ogum para pedir pelo seu objetivo.
Oração de Ogum
Oração para Ogum proteção
Fonte: Franco Guizzetti - Portal Terra
“Ogum, meu Pai – Vencedor de demanda, poderoso guardião das Leis, chamá-lo de Pai é honra, esperança, é vida. Vós sois meu aliado no combate às minhas inferioridades.
Mensageiro de Oxalá – Filho de OLORUN. Senhor, Vós sois o domador dos sentimentos espúrios, depurai com Vossa espada e lança, minha consciente e inconsciente baixeza de caráter.
Ogum, irmão, amigo e companheiro, continuai em Vossa ronda e na perseguição aos defeitos que nos assaltam a cada instante.
Ogum, glorioso Orixá, reinai com Vossa falange de milhões de guerreiros vermelhos e mostrai por piedade o bom caminho para o nosso coração, consciência e espírito.
Despedaçai, Ogum, os monstros que habitam nosso ser, expulsai-os da cidadela inferior. Ogum, Senhor da noite e do dia e de mãe de todas as horas boas e más, livrai-nos da tentação e apontai o caminho do nosso Eu.
Vencedor contigo, descasaremos na paz e na Glória de OLORUN. Ogumhiê Ogum. Glória a OLORUN!”
Oração para Ogum abrir caminhos financeiros
Fonte: Raízes Espirituais
“Amado Pai Ogum, pelo seu poder e pela sua Força, eu peço neste momento, pela sua ordem e pela sua retidão. E que deste momento para a frente, eu possa, através dos seus caminhos retos, crescer no meu trabalho de uma forma justa e digna e que todos os obstáculos, dificuldades e impedimentos sejam cortados dos meus caminhos, para que esse trabalho traga sustento ao meu lar e a todas as pessoas que dependem de mim.
Que sua capa me cubra, Que a sua lança seja a direção do meu caminho. Ogunhê, meu pai Ogum!”
Oração de Ogum de Proteção contra inveja
Autor desconhecido
“OGUM Rogai por Nós.
Nunca ficará sem resposta àquele que nele crer Ogunhe meu Pai!
Eu andarei vestido e armado com as armas de OGUM para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
Glorioso OGUM, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Que assim seja, amém”
Guia, músicas e ponto de Ogum
Por fim, há mais duas formas de se conectar com a energia do Orixá, a guia e os pontos de Ogum.
A guia desse Orixá costuma ser confeccionada com contas azuis, brancas ou vermelhas. Os pontos de Ogum são simples, mas carregam uma poderosa energia, basta entoá-los e você sentirá a energia dele atuando sobre você.
Ponto de Ogum
Ogum olha a banda auê, ah
Ogum olha a banda auê, ah
Oh! Meu São Jorge
Toma conta da umbanda
Que Ogum está de ronda
Olha a Umbanda auê, ah
Ponto de Ogum de Lei
Ogum de Lei
Quem manda é Zambi
Ogum de Lei
Quem manda é Zambi
Corre, corre toda guia
Pra salvar filhos de Umbanda
Corre, corre toda guia
Pra salvar filhos de Umbanda
Lá vai o sol, ele vai girar
Ele vai girar na linha de Umbanda
Ele vai girar.
Ponto do Senhor 7 Estradas
Pisa na linha de umbanda que eu quero ver,
Ogum 7 estradas!
Pinsa na linha de umbanda que eu quero ver,
Ogum Serenada!
Pisa na linha de umbanda que eu quero ver,
Ogum Iara, Ogum Mejê (2x)
Escute esses pontos e outros no YouTube
Curiosidades sobre Ogum
Para fecharmos nosso caminho de aprendizados iniciais sobre Ogum, separamos algumas curiosidades legais sobre o Orixá para você!
Cores de Ogum: vermelho, azul-escuro, azul-claro e branco
Comida de Ogum: Feijoada de feijão preto
Pedra de Ogum: Topázio
Homenagem a Ogum de Zeca Pagodinho
Como dito na introdução do artigo, Zeca Pagodinho e Jorge Ben Jor têm uma música juntos em homenagem à Ogum. Sendo assim, não há maneira melhor do que finalizar esse texto do que ouvindo a famosa música.
Por fim, mesmo um texto tão extenso não é o suficiente para explorarmos toda a riqueza de história e magia que Ogum pode oferecer. Por isso, se você gostou desse assunto, aproveite os livros que indicamos para aprofundar seu conhecimento e também busque por aprendizado nas casas de Umbanda.