Uma das minhas metas deste ano de 2022 é aprender a lidar com dinheiro. No começo do ano, fui agraciada com uma superpromoção que a Natália Arcuri, coach financeira, fez dos seus cursos a R$ 1 e aproveitei para aprender como organizar melhor as finanças. E, nesse curso, ela deu a dica de um livro que, juro, pode mudar a vida de qualquer um.
O livro se chama “A Mente Acima do Dinheiro” e foi escrito pelos psicólogos americanos Brad e Ted Klontz – pai e filho. Nesse livro, ele fala dos preceitos, ou crenças, que temos com relação ao dinheiro e como isso destrói a nossa vida financeira.
Como brasileiros, temos crenças muito complicadas com relação a prosperidade e dinheiro. Em um país que se vende como “samba e futebol”, o dinheiro parece só um detalhe que “oops! Eu nem queria mesmo”. É feio falar sobre isso e nas novelas, ícones da cultura popular, os ricos são sempre terríveis vilões, fazendo qualquer coisa para arrancar dinheiro e humilhar os outros. Ledo engano. Essa é só a imagem que temos, não a realidade, e eu, depois de muita terapia na veia, entendi isso.
“Mas por que ainda tenho tantas dificuldades em lidar com isso então?”, eu me perguntava. “O que falta eu aprender sobre isso?”. Qual não foi a minha surpresa quando descobri que minhas dúvidas com relação ao fazer dinheiro estavam relacionadas com o machismo – outra marca típica brasileira.
Meu pai sempre foi o provedor, e cresci com essa imagem. “Vá pedir para o seu pai” e “Não temos dinheiro pra isso” foram as frases que mais ouvi na infância. No meu inconsciente, mulheres são incapazes de fazer somas significativas de dinheiro. Dinheiro de mulher era, no máximo, para pagar uma manicure ou uma escova, e, o resto, um homem poderia proporcionar.
Curiosamente sempre me relacionei com dois tipos de homens: ricos cruéis ou pobres bonzinhos. Essa segunda categoria era mais calma, relacionamentos pautados no amor, mas sempre faltando algo. O primeiro tipo, relacionamento complicado, com um homem provedor, ou seja, sempre faltando alguma coisa.
A questão é que, inconscientemente, eu acabei associando dinheiro aos meus relacionamentos e penso que nós, mulheres, acabamos tendo uma tendência a isso.
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Quantas mulheres da sua família são bem-sucedidas financeiramente por não casamento? Quantas montaram empresas ou tiveram carreiras de sucesso? Na minha família, tinha uma, que era criticada por trabalhar demais e não cuidar direito dos filhos. Na minha mente, cresci ouvindo que ou era boa mãe, ou era bem-sucedida.
A questão é justamente não ter nenhum parâmetro e acabar engolindo as verdades que outras pessoas criaram. O machismo ainda coloca os salários das mulheres em menor escala, e acho que eu poderia cobrar o dobro como terapeuta, sabendo o que eu sei, se fosse homem. Ou, talvez, essa seja só uma crença, um preceito que preciso trabalhar.
A questão é: pare de acreditar que não pode. Pare de acreditar que dinheiro grande é só homem que faz. Um relacionamento saudável também passa pelo equilíbrio financeiro. No mais, recomendo demais a leitura desse livro.
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