Todos nós possuímos problemas e felicidades. Não vivemos em uma permanência contínua de eventos, muito pelo contrário, vivemos em uma constante impermanência das situações. As coisas mudam muito depressa em nossa vida.
No momento em que ocorrem problemas possuímos várias formas de reagir; entretanto, podemos resumir essas formas de maneira muito grosseira em duas fundamentais: o vitimismo ou a responsabilidade.
O primeiro é mais fácil de utilizar e muito mais cômodo. Nada melhor do que culpar alguém, ou algo por meus infortúnios. Tirar a responsabilidade de minhas costas e convencer a todos, inclusive a mim mesmo, que sou apenas uma vítima da situação e que nada pude fazer frente os acontecimentos.
No primeiro caso achamos um vilão. Pode ser qualquer um, o governo, o chefe, nosso cônjuge, nossos familiares, amigos próximos, etc. Não importa quem culpamos desde que a responsabilidade dos acontecimentos não recaia sobre nossos tão "feridos" ombros.
Esse tipo de atitude, além de ser medrosa, retira das mãos o poder de mudança, a força para criar uma nova realidade na medida que empodera aquele que se acredita ser o vilão. Se retiramos o poder de nossas mãos não temos como fazer para mudar a situação na qual nos encontramos. É mais sábio entender a segunda escolha, por mais difícil que seja aceitá-la.
A segunda escolha compreende que somos responsáveis por nossas escolhas, que não importam os acontecimentos, mas sim a maneira que agimos frente a esses eventos. A segunda escolha denota responsabilidade sobre a própria vida, recoloca o poder de volta em nossas mãos.
Quando fazemos essa escolha demonstramos coragem por assumirmos nossa parcela de responsabilidade na situação. Não nos acovardamos atrás de desculpas de vitimismo. Compreendemos que, seja qual for a situação, possuímos a capacidade de modificá-la.
É preciso fazer uma análise interna de como estamos nos comportando nas situações as quais somos submetidos. Estamos agindo como vítimas ou senhores de nosso próprio destino. Pode ser mais difícil ser o senhor de seu próprio destino, pois isso implica em se responsabilizar por todo e qualquer revés em sua vida. Porém, não existe nada mais libertador do que isso. Você começa a perceber que mudando suas ações, seus pensamentos, suas atitudes, muda a realidade a sua volta. Entender esse conceito pode ser fácil, mas colocá-lo em prática tem a ver com observar seus comportamentos, verificar quais estão produzindo coisas positivas e quais estão gerando situações negativas. Ver que nada acontece em nossa vida por acaso, pois somos nós os geradores de nossa realidade, seja para o bem, seja pra o mal.
Colocar a responsabilidade no outro é excluir a nossa parcela de responsabilidade, isentar-se e assumir uma posição de criança frente os eventos que nos cercam. No entanto, podemos sempre mudar, buscar uma nova postura que contemple a responsabilidade como uma de nossas virtudes. Não devemos negar a responsabilidade por nossa vida, devemos sim assumir as rédeas de nosso destino, ser aquele que entende que pode mudar qualquer situação quando muda a forma de agir sobre ela.
Entendendo esse poderoso conceito podemos simplificar com a seguinte frase: Se a vida lhe deu limões, faça uma limonada.
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