A rouquidão, os gritos, a paixão efervescente, e por que não dizer: Tesão! Sim, as músicas dessa mulher excitam o corpo e a mente. E quem foi Janis Joplin? Oh! Não seja louca, jornalista! Janis Joplin eu sei quem foi. Mentira! Ela queria que a tivessem conhecido.
Janis gritava em silêncio, não podiam ouvir o que o seu coração dizia, a maioria não podia ouvir e muito menos “confiar” no que cantava.
Era considerada louca, com seus cabelos sempre desalinhados, e quase nunca estava “lúcida”, era amante de uma bebida forte e adocicada conhecida como Southern Comfort, onde dissolvia suas pérolas que a levavam para longe de seu mundo de desilusões.
Uma vez ela disse ser contra certos tipos de drogas difundidas (maconha, LSD, alucinógenos em geral) por que a faziam pensar demais quando o seu desejo era esquecer.
Sua preferência era por anfetaminas, heroína e álcool, responsáveis por sua morte. Teremos um texto sobre a conhecida biografia de Janis? Não, teremos um texto de paixão e alucinação com boas pitadas de loucura.
Se a paixão tiver nome, com certeza seu nome é Janis, esqueçam o Joplin, Janis nunca precisou desse sobrenome para ser a apaixonada Janis. Uma mulher que vivia intensamente suas paixões, sofria intensamente suas desilusões e não tinha medo de admitir suas fraquezas.
Era quem era. Corajosa para chorar, gritar, enlouquecer e irradiar. A paixão é corajosa. Oh sim! O amor é lindo, confiável e calmo, mas a paixão... Essa é desenfreada, agressiva, insana, brilhante, excitante, imatura, dificilmente compreendida. Não há nada de grandioso sem paixão, sem vontade, sem crença, até quando se crê em não crer.
A Janis precisa existir, precisa ser o grito, precisa ser livre nas loucuras. A Janis não procura sentido, não quer pensar muito na maioria das vezes, mas os pensamentos nunca a deixam.
A Janis pouco a pouco perdeu o fôlego que a mantinha viva, a paixão não poderia ser encontrada em suas pérolas e drinks, então, se não havia paixão, qual o sentido? Por que não buscá-la em outra dimensão?
Ah... O amor, tão digno de reverência, mas lhe digo: A paixão é digna de toda a loucura que há. E não é uma loucura de alucinógenos, não é uma loucura de romances isolados, é uma loucura chamada: pensamento.
É uma loucura que te leva a gritar com toda a força que há sobre quem você é. É uma loucura que te faz cantar com voz rouca, com a própria voz, uma loucura que quer ser ouvida.
É difícil viver sem sentido não é mesmo? É ótimo ter fórmulas, ser confortado por teorias. Porque seguir instintos e desejos abruptos pode levar à ruína, não é mesmo? Dois passarinhos voando não é ruim, a liberdade deve ser sentida, não podemos pegá-la com as mãos.
Janis... tenho um segredo para você! Confie em mim querida, jamais o escreveria para que lessem. Janis... tenho algo a lhe dizer: Você é paixão.
E tenho algo a dizer para quem lê: A paixão tem voz rouca, grita e morreu antes de morrer. A paixão uma vez disse: Confie em mim, baby, me dê tempo, me dê tempo, me dê tempo...
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