O tarô “adivinhatório” tem por objetivo conhecer o futuro, e o tarô terapêutico procura a transformação do consulente esclarecendo bloqueios, medos, padrões de comportamento, que dificultam sua realização, e orienta-o como resolver estas situações.
Para o consulente que está preocupado com o futuro, o tarô é apenas um intermediário reduzindo o consulente a mero espectador da própria vida. Por outro lado, na terapia através do tarô é o consulente que cria e faz escolhas mudando o destino a qualquer momento.
Futuro e destino são, na verdade, as respostas aos atos, omissões, pensamentos, como ação e reação, o que também conhecemos como a “ Lei do Carma”.
É necessário esclarecer que é a maturidade de cada indivíduo que determina a capacidade de transformar sua vida criando o seu futuro.
O tarô quando usado clara e corretamente é uma ferramenta de mudanças auxiliando a tomada de consciência do que está atrapalhando a realização individual e mostrando quais ações são necessárias para finalmente promover estas mudanças.
No tarô “adivinhatório” o consulente está amarrado ao destino e pensa que sua vida é o resultado de forças tais como: sorte, azar, magia, vontade divina e, neste caso parecendo ser um escravo que nunca poderá libertar-se por si mesmo.
Por outro lado, no tarô terapêutico a pessoa é responsável pela sua vida sabendo que não deve culpar ou responsabilizar outras pessoas que participam do seu dia a dia como pais, companheiro (a), chefe, governo, destino... É neste momento que começa a mudança. A felicidade e o bem estar geral são escolhas e não sorte.
E o conceito do bem e do mal.
O que é bom para um pode não ser bom para outro. Quando pretendemos realmente ajudar a curar a alma do consulente, não é possível trabalhar com verdades absolutas ou criadas pelos diversos sistemas de crenças pois não existem doenças, mas sim doentes.
Identificar a individualidade ou a necessidade de cada um é primordial. E estas análises ou considerações não são levadas em conta no tarô “adivinhatório” que geralmente emprega conceitos de bem e mal das religiões/sistemas oficiais dificultando ao consulente que seja ele mesmo.
Quando o consulente procura uma sessão de tarô terapêutico é como estivesse se consultando com um profissional da saúde. Este profissional para receitar um medicamento ou terapia faz exames e avalia sintomas.
Do mesmo modo, as cartas/arcanos no taro terapêutico, mostram as dificuldades que o consulente está passando por um conjunto de padrões de conduta programada e que são denunciadas pelas cartas/arcanos.
É preciso também investigar as causas profundas que levam a pessoa a aceitar situações com as quais, no íntimo, não concorda. Se na saúde é preciso conhecer as raízes profundas que causaram a doença, no tarô terapêutico acontece da mesma forma.
Os traços da personalidade adquiridas na infância ou em algum momento da vida para ter e ser aprovado pela família ou pelo grupo onde se vive, e que se tornam rígidas dentro do individuo, baixam as defesas e as desvalorizam.
Para o tarô “adivinhatório” as causas são externas e estão no mundo externo. No tarô terapêutico, ao contrário, todas as causas são internas e os resultados são provenientes da cura/mudança interna através de novas ações e atitudes.
O tarô terapêutico dá ao consulente um mapa do processo que ele está vivendo bem como as orientações precisas para que a mudança/virada necessária seja dada.
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