A habilidade de lidar com as emoções intrapessoais e interpessoais, isto é, com as suas próprias emoções e com as emoções dos outros, foi muito explorada desde a década de 90, quando a inteligência emocional foi bastante difundida após o lançamento do livro “Inteligência Emocional” por Daniel Goleman.
Tempos depois, foi identificado um novo tipo de inteligência: a Inteligência Espiritual. Essa inteligência, de acordo com neurobiologistas, estaria ligado a um ponto localizado nos lóbulos temporais do cérebro, chamado por eles, de “ponto do divino”, como a física e filósofa americana Dra. Dana Zohar cita em seu livro “QS – Inteligência Espiritual”.
Espiritual, nesse caso, não está ligado a qualquer religião, mas ao sentido de propósito. Esse terceiro tipo de inteligência amplia os horizontes das pessoas, proporcionando aumento da criatividade e é manifestada através da busca de um significado para a vida.
“Se as portas da percepção fossem purificadas, tudo nos pareceria como é, infinito.” – William Blake.
Pessoas com alto quociente espiritual são mais capazes de usar o espiritual para direcionar sua vida e suas questões pessoais. Consequentemente, lidam melhor com suas emoções e com as emoções dos outros. Isto porque através do quociente espiritual desenvolvemos os nossos valores éticos e crenças que vão influenciar os nossos comportamentos e ações.
Dessa forma a inteligência espiritual é que permite integrar as emoções intrapessoais e interpessoais, diminuindo a distância entre o eu e o outro. Dana aponta algumas características de pessoas espiritualmente inteligentes, como:
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Estimulam e praticam o autoconhecimento mais profundo
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Enxergam as adversidades como possibilidade de alavanca
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São holísticas
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Analisam as situações em um contexto mais amplo.
“Inteligência espiritual tem a ver com o que eu sou, com os meus valores, precisamos alimentar essa inteligência para motivar a cooperação – entre a família, a comunidade, os países. Só assim vamos encontrar soluções positivas para o planeta e nos encontrarmos nessa busca também.” – Dana Zohar.
Existem algumas formas de desenvolver seu Quociente Espiritual. Logo abaixo, listo algumas:
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Manter sempre pensamentos positivos;
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Saber quem você é e porque você se levanta todos os dias;
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Viver a compaixão;
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Viver de acordo com seus valores e princípios;
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Viver o momento presente.
Para auxiliar nessas reflexões, recomendo meditações com os seguintes arcanos:
Arcano 2 – A Sacerdotisa: é a voz do nosso Mestre interior. Para quando necessitamos de paz e tranquilidade, intuição e descoberta do que não está bem conosco.
Arcano 5 – O Papa: o universo é sábio. Para autocontrole, força de vontade, abrir a mente para segredos esotéricos, busca interior e espiritualidade.
Arcano 9 – O Eremita: quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda. Para evolução afetiva e espiritual, vencer medos e temores.
Arcano 11 – A Força: acredite na sua força. Para domar vícios e paixões, vencer a apatia e impotência e ter ânimo frente às adversidades.
Arcano 17 – A Estrela: a esperança vem da consciência. Para aumentar os canais sensitivos e viver com mais sensibilidade, além de ajudar na meditação.
Arcano 20 – A Ressurreição: quietude e espera. Para evolução, amar o próximo, vencer o egoísmo e controlar a ansiedade.
E então, como está o seu Quociente Espiritual?
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Renata Nanô Sottero