Uma brincadeira de criança dos anos 1960 está de volta? Não sei se ainda existe isto entre as crianças nas escolas... Mas não tem jeito, estamos todos condenados a falar a língua do P? Porém de outra maneira. Nada tem de igual àquela brincadeira de enrolar a língua dos anos idos.
Mas é isso mesmo: a língua do P. Aquela de palavras que começam com P: partidos, propinas e por aí vai...
Dizem que esta semana, do dia 12 de março, será um Deus nos acuda... Foi o que vi nas manchetes das bancas ao andar por aí.
Afinal, vêm à tona as delações premiadas dos políticos de “grandes marcas”, de cinco estrelas. Isso colocou em polvorosa toda a sorte de partidos: PP, PSDB, PT, PSB, PPS, PC do B... E vai saber quantos Ps mais existem. Fora os ditos partidos “nanicos”, mas que estão ao alcance de mãos graúdas e poderosas que fazem deles moeda de troca no horário político. Vale uma boa prata!
Tudo acaba tendo um preço. Sempre tem! Um político disse uma vez, com muita propriedade: "Não se iludam, afinal, não existe almoço de graça!"
Sim, será um Deus nos acuda. Muitos estão mexendo seus pauzinhos e não deve ser com Deus... Isso lá é que não! E esta é outra verdade: tudo tem um preço, nada sairá de graça. Nada. Nada.
Então, todos estão atrás de uma solução para os problemas com P – seja para o P de propina, recebida para a campanha que elege ou reelege, ou P de polícia, que está a toda atrás de todos que estão com estes probleminhas de P – seja sozinho ou nos outros diversos P de partidos envolvidos em tantos problemas e em tantas parafernálias e esquemas meticulosamente elaborados que nos perdemos ao pensar.
Todavia, a Lava-jato aprendeu a falar a língua do P e agora está atrás de quem tem problemas com todos os Ps possíveis: partidos, propinas, pilantras... Pelo que parece e pelo que estão mostrando, isto tudo é em tempo integral.
Não está sobrando nenhuma ponta de tapete que se levante onde não se encontre alguma porcaria bem colocada. Mas agora que as comportas foram abertas, nada vai detê-las. Pelo andar da carruagem, isso está cada vez... Bem, como direi... Isso está "mais" cada vez. E não tem volta!
Então, o país da propina, que aprendeu a falar a língua do P, terá agora uma amarga tarefa de colocar ordem na casa e fim nesta história, para trazer ética ao cotidiano e à vida de pessoas comuns e à classe dos políticos ainda mais.
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