Terapia é um processo de autoconhecimento. Consiste em uma escuta ativa do analista ou psicólogo, que ajudará você a desvendar conflitos que acabam por criar padrões de comportamento que levam ao sofrimento. Dessa maneira, você desenvolverá consciência sobre suas emoções e pensamentos que mantêm a padrões de sofrimento.
O tratamento sempre deve ocorrer por meio de um contrato consensual entre paciente e terapeuta. Dessa forma, entende-se que o paciente deve dar esse primeiro passo para esse processo, pois quem define esse tempo de quando fazer é o próprio paciente.
Quais são os benefícios de um processo de terapia?
A terapia tem como objetivo que o sujeito desenvolva maior consciência sobre si e seus comportamentos que geram sofrimento. Isso faz com que a pessoa entenda melhor seu funcionamento no mundo e possa gerar mais liberdade de ação.
O objetivo não é acabar com sofrimento e com os problemas, até porque problemas na vida sempre surgem. A ideia é gerar na pessoa recursos mais amplos para que ela lide melhor com questões difíceis na vida e consiga superar não os desafios que as situações lhe trazem, mas os próprios desafios internos que traz consigo.
Assim sendo, a pessoa desenvolve uma maior consciência sobre a vida que leva e que escolhas fez até o momento, e a motivação por trás de cada escolha que realizou. Isso promove uma reflexão e uma ampliação na forma com que vê a si mesma, os outros e o mundo.
Como sei que devo fazer terapia
Fazer terapia deve ser uma escolha exclusivamente sua. É um processo que exige comprometimento consigo e empenho dentro do processo. Normalmente a terapia é um processo de longo prazo, em que o sujeito se coloca a pensar sobre si e sobre sua vida. Sobre quais escolhas vem tomando e o porquê de cada escolha tomada.
Os motivos que levam alguém a fazer terapia podem ser os mais diversos. Pode ser que você esteja lidando com a perda de alguém querido, a dificuldade de se relacionar, problemas de sono, insatisfação com o trabalho, ansiedade frente a um grande desafio, aumento de autoestima e muitas outras coisas.
Mas, de maneira geral, o motivo é gerador de um grande sofrimento emocional e psicológico. Se esse sofrimento faz com que a pessoa não tenha um bem-estar e não consiga ter uma vida satisfatória, é melhor procurar ajuda e apoio.
Alguns outros exemplos de buscas são quando você não consegue lidar com suas próprias emoções – pode ser também que você se sinta apenas angustiado ou ansioso, e isso em si já é uma causa que gera a procura. Outro motivo também pode ser pelo autoconhecimento e evolução pessoal.
Seja qual for o motivo, não existe vergonha em procurar um profissional de Psicologia. Quando nosso corpo está doente, vamos ao médico; se temos dor de dente, vamos ao dentista; se sofremos com nossas emoções, é a mesma coisa. Podemos procurar ajuda de um profissional capacitado para ajudar e apoiar. Essa é uma forma saudável de procurar ajuda.
Onde encontro um bom profissional?
Se você vai realizar uma cirurgia, é provável que procure um médico que lhe passe segurança, que vai realizar essa cirurgia com todo cuidado e que se empenhará ao máximo para ajudar.
Nessa mesma lógica, ao procurar um profissional, seria bom você pensar na pessoa a quem você irá falar as suas coisas mais profundas. A quem irá contar suas dores? Quem irá ouvir aquilo que guarda em seu coração? E o principal: sem julgamentos.
Um profissional de saúde mental deve se abster de quaisquer julgamentos, sendo aquele espaço terapêutico um local de segurança para o qual o sujeito pode trazer o que quiser.
Alguém em quem você confie e com quem possa construir essa relação de confidencialidade. Que forneça um espaço seguro, onde você possa dar voz ao que nunca pode ser falado.
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Ao falarmos sobre aquilo que carregamos em nossos corações, damos a possibilidade de deixar que uma nova realidade floresça. Como se pudéssemos nos libertar das prisões com as quais há tanto tempo estamos acostumados.
Fazer terapia é se colocar em marcha em um novo e desconhecido caminho. Requer coragem para abandonarmos os velhos hábitos que geram o sofrimento em nossa vida. Essa jornada é um caminho de escuta de nosso coração, de abertura para as dores que até então negamos.
Não é um caminho fácil, mas, com certeza, é muito mais libertador.
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