O primeiro signo de Água, Câncer, é relacionado à sensibilidade, à emoção e ao arquétipo materno da proteção e do desejo de resguardar os entes queridos contra o mal. É um signo muito ligado à família e que aprecia conforto e segurança.
A palavra “câncer” vem do latim e quer dizer “caranguejo”. A principal mitologia de Câncer baseia-se na história grega de Hera, Hércules, a Hidra de Lerna e o caranguejo.
Hera, esposa de Zeus, era a deusa das mulheres e da maternidade, mas também do matrimônio e da fidelidade conjugal. Hércules (ou Herácles) por sua vez, era o filho de Zeus com uma mortal. A ira de Hera contra Hércules começou desde seu nascimento, mas se intensificou quando Zeus, tentando transformar Hércules num deus, colocou-o para beber o leite divino de Hera. A deusa, indignada, amaldiçoou-o e passou a persegui-lo de diferentes maneiras. Para livrar-se da maldição, Hércules foi trabalhar para o rei Euristeu, seguindo a orientação do Oráculo de Delfos, o que se conhece como Os Doze Trabalhos de Hércules.
O segundo destes trabalhos era eliminar a Hidra da caverna de Lerna, uma criatura monstruosa de várias cabeças, tão venenosa que até seu hálito podia matar. Cada vez que Hércules cortava uma das cabeças, duas renasciam no lugar. Para concluir essa tarefa, Hércules contou com a ajuda de Iolaus, seu sobrinho, que cauterizava cada uma das cabeças cortadas impedindo o nascimento das novas.
Para impedir que Hércules vencesse a Hidra, Hera enviou um caranguejo gigante a Lerna que mordia Hércules nos pés, distraindo-o. Ainda assim, ele conseguiu esmagar o animal e derrotar Hidra. Ele incendiou os restos da criatura e banhou suas flechas no sangue envenenado, dando-lhes mais poder. Hera, por sua vez, transformou o caranguejo na constelação de Câncer, como recompensa por tê-la ajudado.
Outra história mitológica ligada ao signo de Câncer é o mito de Tétis, a deusa do mar. Segundo profecias, o filho de Tétis seria maior do que seu pai, por isso nenhum deus ousou ter um filho com a deusa. Zeus, então, casou-a com o mortal Peleu, garantindo assim que seu filho seria humano.
Dessa união, nasceu Aquiles. Tétis, tentando proteger a frágil natureza mortal de seu filho, banhou-o no rio Estige, cujas águas iriam torná-lo invulnerável. Porém, ela o segurou pelo calcanhar e, naquele ponto, ficou toda a fragilidade de Aquiles. Na guerra de Tróia, Aquiles pode escolher entre a chance de tornar-se uma lenda, porém morrer em batalha, ou viver uma vida longa e ser esquecido. Sua escolha foi a de lutar e uma flechada no calcanhar tomou-lhe a vida, mas seu nome nunca foi esquecido.
Essa história relaciona-se ao signo devido à proteção maternal da deusa com seu filho, característica crucial dos cancerianos.
Artigo escrito por Ana Beatriz Monteiro.
Confira também: