Não sou mais a mesma pessoa que um dia traçou o plano ou a caminhada da vida, é preciso mudar, pois a vida muda, as pessoas mudam, o mundo muda...
Não sou mais como era antigamente, o tempo, de forma implacável, me transforma e me modifica fisicamente, mentalmente acontece a mesma coisa, então o exercício deve ser constante no sentido de melhorar ou compreender que não haverá melhora.
Não sou mais tão forte como achava que era, a fragilidade da vida alcança todos, pois o tempo é implacável nesse quesito, ou seja, o tempo e a velhice chega para todos.
Não sou mais tão esperto assim, pois a cada geração o ser humano se renova e demonstra mais inteligência e adaptabilidade, é ingenuidade e infantilidade achar que sou mais inteligente que os outros, aceitar as minhas limitações me fará mais sábio e apaziguado de Alma.
Não sou mais tão frutífero como antes, a boa árvore dá bons frutos, podem existir árvores diferentes, podem ter algumas que dão muitos frutos e outras nem tanto, porém todas são árvores, acalmar e aquietar são funções importantíssimas para compreender sobre dar fruto na "hora certa".
Não sou perfeito, com o tempo percebi meus erros e desvios, posso conviver com eles ou modificá-los, acertar e errar faz parte da vida e do aprendizado aqui na terra.
Não sou tão lógico como imaginava, o tempo mostra que a vida e as pessoas são ilógicas e inconstantes e eu sou assim também. Cada um vivendo dentro de sua lógica e sabedoria.
Não sou tão espiritual quanto achava que era, o tempo demonstrou que minha fragilidade física é também espiritual, descobri então que sou carente de cuidados especiais por parte de Deus e de Sua Graça.
Não sou tão verdadeiro quanto pensava, pois, com o passar do tempo, percebi que as verdades modificam conforme minha necessidade de alinhamento com a vida e as pessoas, sou dependente dos outros para as aplicabilidades das verdades.
Não sou infinito, com o tempo percebi que sou um ser finito, pois muitas vezes, na "mesa" da vida, muitos que estavam sentados saem de cena e os lugares vazios jamais são preenchidos. Isso gera dor e finitude.
Confira também: