Estamos numa era onde a paternidade precoce é cada dia mais comum. Infelizmente, o que mais se tem por aí são pais despreparados assumindo uma responsabilidade que, definitivamente, não pode ser bancada por qualquer um. São necessários muitos atributos internos e externos para se cumprir bem o papel de um bom pai.
Além do mais, são muitas as mulheres que acabam sendo pai e mãe ao mesmo tempo, justamente por não terem escolhido um parceiro que reunisse as qualidades e potenciais necessários, além do indispensável bom caráter. E muitos são os homens que se tornam pais, quando ainda estão numa condição psicológica de “filho”, ou seja, totalmente despreparados.
Mas o que é ser pai? Não é ser um homem e fazer um filho, definitivamente. O pai é associado neste mundo à figura masculina, por questão de gênero e reprodução da espécie. Mas a paternidade é a força do Yang em ação na construção da personalidade e educação de um novo indivíduo. A essência primária do Universo se divide no masculino e feminino Yin e Yang. Yin, é o feminino, representa o amor. Yang, o masculino, representa a força ou o poder.
Os dois juntos se tornam a perfeição, o equilíbrio divino. E para expressar a riqueza e essência do Yang na criação de um filho não precisa ser homem. Para ser um bom pai não é preciso ser homem, mas ter um Yang forte em si. Por isso, é perfeitamente possível uma criança ser criada por duas mulheres e ter suprida a energia e necessidade paterna numa delas ou nas duas. Porque as características essenciais para o desenvolvimento psíquico-espiritual do indivíduo no tocante à influência paterna não são exclusividades de um homem, estão contidas na essência do Yang. E o Yang, assim como o Yin, existe em todos nós, independente de gênero.
Agora, falando de pais, no geral, a hora certa de dar um passo e ter um filho é quando você se tornou o seu próprio pai. É quando as características intrínsecas de um forte Yang estão entranhadas em seu ser e, principalmente, externadas em suas atitudes. O pai é aquele que protege, ampara, ama, sustenta emocionalmente o filho. Pai não precisa ser herói, só precisa ser forte. Porque o filho será impactado pelo exemplo de um forte pai e não de um herói que faz tudo por ele. Isso muito mais estraga do que educa.
Um pai decidido, de palavra, de moral íntegra e que passe para o seu filho o grande ensinamento de que um homem forte é aquele que tem honra, que não desiste de seus ideais, que enfrenta os desafios com coragem e determinação. Que sabe ser valente diante das circunstâncias, sem perder a doçura e ternura do Yang. Seja pai quando perceber que se tornou tão forte em si mesmo que se sente pronto a externar essa força e virtudes na educação de um novo ser.
Porque ele vai se espelhar em tudo o que você, pai, fizer. E Deus nos ensina isso através da expressão do seu Yang perfeito, Ele é força, justiça, verdade, amparo, proteção, ternura, cuidado, compaixão, coragem, ousadia, liderança. Esses são os atributos a serem imitados na parte Yang do Criador, para se ser um bom pai. Mas antes de querer expressar todas essas qualidades a um filho, faça de você mesmo o seu filho. Eduque-se, se fortaleça, se cuide. Porque antes de sermos pais de outros seres, nossa missão é ser o nosso próprio pai. Pois ao cultivarmos em nós boas virtudes de um forte Yang, inevitavelmente, será isso que daremos aos nossos filhos.
Que o Amor nos cure!
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