O que me traz aqui hoje, são ideias que passam pela cabeça e que precisam de alguma forma serem ordenadas. Sempre foi desta maneira, me expresso melhor ao escrever do que ao falar. Ao falar você tem de lidar com as emoções, e estas nem sempre são fáceis de serem controladas!
No papel fica mais fácil você se expressar, você pode voltar atrás sem magoar alguém, você pode apagar o que escreveu, você pode repetir parágrafos inteiros, só para enfatizar,enfim, existe um mundo de possibilidades infinitas cada vez que você escreve.
Quando procuro o papel, é porque algo me tocou de forma marcante, há a necessidade de colocar para fora e de se fazer entender, até por mim mesma. Às vezes gostaria de ser uma grande escritora para descrever minhas viagens dentro de mim mesma, para levar pessoas comigo a este mundo fantástico da fantasia, e de realizações.
Toda vez que escrevo, coloco o que de mais profundo existe, aquilo que me eleva, que me faz acreditar que eu posso sempre mais, que faz parte da conquista do meu ser. Hoje, me sinto entre propostas desafiantes, entre elos inseparáveis e ao mesmo tempo tão distantes e distintos.
Caminhos a escolher, e não só o caminho, mas como caminhar, qual o melhor sapato, qual a melhor trilha, a que horas ir… Olho a minha volta e percebo que tudo depende da escolha, fica-se mais elegante ao se caminhar em saltos altos, mas é mais confortável usar um par de tênis. Então será que existe ambiguidade em tudo?
Olho as pessoa ao meu derredor e mesmo não querendo julgá-las, busco alguma informação em seus rostos que me conduza à evidências, de suas vitórias ou derrotas… será que elas também tem estas possibilidades de escolha?
Será que pensam que podem escolher, ou se o fizerem traçam sua própria tumba?
Será que ao se levantarem da cama pela manhã se olham no espelho e se propõem fazer o seu melhor naquele dia, e que esta decisão seja diferente da anterior, para que obtenham resultados diferentes?
Estamos tão apegados a padrões de conduta que nem prestamos mais atenção as nossas próprias faces, quanto mais a olhar dentro de nossos próprios olhos!
Se questionados ,a resposta é a mesma: "Não tenho tempo a perder!". Mas que tempo é este que não permite você de se enxergar? Que tempo é este que não deixa que você se acalente em uma música, em um abraço? Que se afague e deixe aquele sorriso aflorar em seus lábios!
De repente percebo o quão crítica sou comigo e quanto me cobro por não ter atitudes que me levariam a ter mais resultados positivos. Mesmo agora, vejo que continuo a fazer perguntas e promover uma série de respostas que não me preenchem, que burlam e turvam minhas palavras e minha visão, e isto não me leva a lugar algum.
Há muito tempo iniciei a escrita de um livro, que unia aventura, diversão, comédia, drama, amor… tudo com muita emoção, e fiquei tão impressionada que não consegui terminar!
Neste escaninho, revelo minha expectativa em ser alguém, simples, amorosa, compreensível, acolhedora e tudo que pretendo é me conhecer mais e mais profundamente, me aceitar como sou.
Gosto de flores, do som dos pássaros, do pôr do sol, de música! Gosto de olhar o mar, o céu, a lua, as estrelas e pensar que na minha simplicidade e pequenice, tenho gigantes, sábios e mestres que se desdobram todos os dias, na tentativa de me ensinar as lições da vida para que eu vá mais longe e mais alto, me exemplificando em suas magnificências, que não é necessário ser a maior ou a mais esclarecida e mais culta, simplesmente ser, e isto me basta.
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