"Quando uma coisa está acabada e passou, ela cede lugar à seguinte, até que esta, por sua vez, também acabe e ceda o seu lugar. Por isso, o fim é apenas o último passo antes do próximo” - Bert Hellinger.
Chega o momento em que decidimos mudar. Mudar o que nos incomoda, desapegar de atitudes e hábitos que nos fazem sofrer.
É possível traçar um paralelo entre o mito da Fênix e nossos processos psicológicos de transformação da alma, vividos a partir da forte necessidade em deixar para trás o passado, “queimar” as velhas emoções, as crenças limitantes, como elemento primordial para recriar a nós mesmos , em uma nova versão, na procura de tornarmo-nos cada vez mais “atuais”, autênticos e livres.
A imagem da Fênix, que tem a capacidade de se reinventar, recriando-se para renascer, é um emblema da alma, do renascimento, o símbolo de uma vontade irresistível de (re)encontrar a si mesmo. Simboliza o belo processo de individuação, quando somos “chamados” pela nossa essência a rever nossos padrões, atitudes, valores e modo de vida.
A Fênix representa quem já despertou para a consciência de que a mudança essencial está latente em nós, a transformação interna propriamente dita: Não podemos fazer nada para remediar o que passou, mas podemos fazer muito para mudar o que virá a seguir.
A energia da Fênix se manifesta quando damos vida e energia aos apelos da alma; essa vontade inevitável em aventurar-se, aprender, desenvolver-se, ir além, romper barreiras e viver o presente em plenitude.
Todos nós somos chamados para essa possibilidade de transformação por meio da cura do passado e do renascimento, para abrir nossos caminhos, nos sentir mais fortes, mais confiantes, alegres e harmonizados em nosso processo de evolução. Não raro, os desafios surgem como um convite para descobrirmos novas possibilidades, desatar os nós e desenvolver novas habilidades. Ser mais você em você mesmo!
Às vezes, nos defendemos de novidades e nos sentimos ameaçados pelo novo. Nesses casos, o obstáculo diante do qual recuamos não está fora de nós: É a lembrança dos erros ou fracassos antigos, que trazemos para a situação atual - apesar de já ter crescido e aprendido nesse meio tempo.
A resistência ao novo é um mecanismo de defesa. Esse medo pode paralisar ou impulsionar para mudanças sem planejamento, de forma ansiosa e tempestiva. Por isso, a simbologia da Fênix nos leva a compreender que a mudança é um processo: Acalmar, definir com clareza onde quer chegar, qual o resultado deseja alcançar e agir com foco no que determinou.
A Fênix nos convida a vencer a inibição, ultrapassar o obstáculo do medo e curar as velhas feridas.
É preciso amor para deixar o passado no passado. Honrar o que já se foi, deixar o passado na luz, perdoar, pedir perdão e seguir em paz! Assim, podemos tirar nossos planos do papel com força de realização, com a alegria renovada e a alma em paz!
Lembre-se: Se você não estiver bem com você, nada estará bem para você!
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