Na verdade, o movimento da Terra está sempre em constante mudança. Geralmente só levamos em conta a rotação (o giro da Terra em torno de si mesma) e a translação (seu giro ao redor do Sol), mas nosso planeta possui mais de dez movimentos conhecidos. Um deles é a precessão. Esse movimento altera a direção do eixo de rotação da Terra: nosso polo celeste acaba por mudar de direção (os polos celestes são as projeções de nossos polos geográficos sobre a esfera celeste. Quando o céu aparenta girar à noite, os pólos permanecem fixos.
Esse movimento é extremamente lento. É preciso mais de cem anos para que ele se altere apenas dois graus. Porém, foi essa mudança de eixo que causou polêmica na Astrologia. A observação das estrelas, feita por astrólogos é muito antiga. Seus primeiros registros são de cerca de 5 mil anos atrás e, há 3 mil, a Astrologia ganhou as formas que conhecemos. Nessas observações era possível ver o Sol passando por doze constelações do céu. Dentre todas as constelações conhecidas, essas doze formaram o Zodíaco.
Atualmente, com a mudança de direção no eixo da Terra, já não se veem só essas doze constelações. Uma décima terceira, Serpentário, também está no caminho do Sol. Além disso, o Sol não passa por cada constelação na mesma velocidade, já que a Terra se move mais depressa no início do ano e mais lentamente em julho. Considerando este ponto de vista, os signos mudariam, já que a simbologia do Zodíaco foi criada a partir do céu de mais de três milênios atrás.
Porém, essa é a visão da Astronomia que, apesar da semelhança de nomes, é bastante diferente da Astrologia. Enquanto a primeira se baseia na observação prática de fenômenos físicos, a segunda lida com aspectos simbólicos. Enquanto a Astronomia vê constelações, a Astrologia vê signos, que não precisam estar relacionados à verdadeira posição das estrelas no céu, mas seguem convenções estabelecidas historicamente.
E é por isso que, do ponto de vista astrológico, a mudança na posição da Terra e na observação do Sol em relação às estrelas nada interfere nos doze signos do zodíaco. As energias que influenciam cada indivíduo não se originam das constelações e não estão relacionadas à sua observação científica, mas são estudadas tendo como referência os signos tradicionais, que se mantém os mesmos doze que já conhecemos. Ou seja, o signo que você já conheceu a vida inteira como seu continua o mesmo!
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