Os sonhos são realizações de desejos, segundo Freud. Os sonhos são na realidade uma realização disfarçada dos desejos e, isso acontece devido as repressões que tivemos desde a infância.
A censura tem um papel muito importante nas formações dos sonhos, pois um desejo sempre aparece depois de uma negativa, ou seja, quando somos crianças recebemos muitos “nãos” e a partir deles que surgem muitos desejos. Exemplo: Quando uma criança pede para sua mamãe um brinquedo ou mesmo um sorvete, chocolate ou qualquer outra coisa e a mãe diz “não”. A criança responde internamente: “Eu queria o que pedi...”, isso se transforma em uma censura e cria então o desejo reprimido.
Freud disse: "Sonhos anulam os estímulos físicos que atrapalham o sono pelo método da satisfação alucinatória. Esse estímulo físico tanto pode ser a fome e a vontade de fazer xixi quanto um fato que, durante o dia, despertou um desejo que se manteve insatisfeito". A censura na infância ou a proibição é então parte fundamental da construção dos nossos sonhos, entendendo isso podemos iniciar um processo de interpretação das nossas censuras infantis. Isso pode ajudar muito para nosso autoconhecimento.
Para Freud, o motivo do sonho é um desejo reprimido ou, no mínimo, proibido. Os sonhos são, assim, uma estrutura de compromisso criada a partir de um conflito psicológico. O entendimento desses princípios são de suma importância quando desejamos aprender e decifrar nossos sonhos e como eles são construídos.
Então podemos afirmar que para Freud, os desejos são na realidade censuras infantis que recebemos dos nossos pais ou tutores (claro que eles fazem isso de forma inconsciente), e os sonhos são a forma de colocar essas censuras para “fora” e livrar-nos das opressões.
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