O título deste texto é também o título de um livro e me fez perceber uma coisa muito interessante sobre mim mesma. Estava eu conversando com um amigo, quando contei a ele novos planos de vida. Na hora ele falou, e eu confesso fiquei até meio chateada: “Uma hora é isso, outra hora é aquilo...”. Foi uma crítica, mas foi construtiva. Ele me fez ver um comportamento antigo que eu decidi mudar.
O interessante é que eu estava justamente lendo esse livro. Na obra, o autor diz que precisamos escolher um foco e seguir. Que não interessa se vai ou não demorar, mas se ficarmos mudando de ideia, nunca teremos o tempo necessário para as coisas maturarem e darem realmente certo.
Sempre fui fã das mudanças, mas, com esse comentário – e esse livro –, percebi que mudança tem o seu momento, mas não é o tempo todo. Algumas coisas precisam de uma insistência e até mesmo uma certa teimosia para acontecerem.
Por isso é tão difícil prosperar quando não estamos em algo que realmente amamos fazer. Simples: por mais força de vontade que você tenha, uma hora ela acaba. E aí será você com você. No começo, você leva porque “tem um objetivo”, mas se for só isso, você nunca vai se esforçar o suficiente. Porque é chato!!
Só aquilo que nos apaixona nos faz focar. Faz-nos querer trabalhar doze horas sem reclamar ou deixar para lá os preços que pagaremos. É como ter dois namorados: um que a gente ama e outro que ama a gente, mas não tem reciprocidade. Com o primeiro, topamos andar de moto até Itajubá mesmo morrendo de medo. Com o legal, topamos um sorvete ou um cinema, mas nunca escalar uma montanha. A companhia, para o nosso interior, não vale a pena. É a mesma coisa.
Então, apaixonar-se pelo que faz leva você a ficar focado todos os dias, sem achar que é só parte de um processo. Aquilo se torna o processo. Estar com o namorado pelo qual você é apaixonada é um evento em si, mesmo que seja só para comer pizza com guaraná. Quando não é assim, queremos um jantar romântico à luz de velas e um monte de coisas que nos estimulem a ir atrás, entende?
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Sei que é uma analogia boba, mas todo mundo já passou por isso, e por isso eu usei. Amar aquilo que se faz é algo completo. Não é gostar, é amar mesmo. Eu posso gostar de cozinhar, mas será que eu dedicaria a minha vida a isso? Iria para o Masterchef tomar esporro de jurado ou trabalharia numa cozinha infernal só pela experiência? Aquilo que amamos, de verdade, nos faz fazer coisas inimagináveis, e é aí que está o nosso diferencial. É esse o pulo que nos faz ter o verdadeiro sucesso, porque é algo que fazemos porque é bom. E só.
E você? O que ama fazer?
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