No último dia 16 foi lançada uma nova versão, desta vez com personagens reais, do clássico “A Bela e a Fera”. A história é um tradicional conto de fadas francês que caiu nas graças do mundo ao ser lançado em 1991 como um musical de animação pelos estúdios Disney. É fato que a história já teve diversas montagens de teatro e cinema, porém esta recém-lançada já bateu recordes de bilheteria. Talvez por ser a única grande produção, talvez por ter a eterna queridinha Hermione (Emma Watson) da saga Harry Potter como Bela ou, então, talvez porque o mundo realmente precise dos ensinamentos que ele traz.
Como a história não é inédita para ninguém, me permito escrever alguns spoilers. O enredo se passa em uma aldeia onde Bela é uma menina bonita, mas vista como estranha pelos demais, pois se interessa muito mais pelos livros que pelas futilidades com as quais as demais mulheres parecem se importar e também porque rejeita Gaston, bonito e disputado, mas também machista e frívolo. Do outro lado, temos a Fera, um príncipe arrogante que sofre um feitiço e fica preso no corpo de um animal gigantesco, peludo e nada bonito. Um dia, o pai de Bela é flagrado pela Fera mexendo em seu jardim e é aprisionado. Bela se oferece para ficar no lugar dele e acaba se envolvendo com a Fera, transformando-o em alguém muito melhor.
A história que, em sua maior parte, é vendida como um filme infantil, traz inúmeras lições e premissas básicas que todo ser humano deveria seguir. Em primeiro lugar, mostra como o verdadeiro amor é capaz de transformar as pessoas, afinal, Bela consegue fazer o príncipe preso na Fera deixar sua arrogância de lado e se tornar alguém apaixonante. Já Gaston, o bom partido da aldeia, é o típico machista que cada vez mais a sociedade abomina e condena. Ele mostra como não se deve tratar as mulheres e tem um egocentrismo que deve ser totalmente combatido.
Mas é a protagonista Bela que nos dá as mais valiosas lições. Em primeiro lugar, ela mostra como é importante, mesmo sendo uma mulher bonita e vaidosa, cuidar também de seu intelecto, pois nutre uma paixão incontrolável pelos livros e pelo conhecimento. A protagonista também mostra a importância de ser uma mulher de fibra, coragem e opiniões fortes, pois, além de rejeitar Gaston, se oferece para ficar presa no lugar de seu pai sem se importar com o perigo de dividir o castelo com a Fera. Como se não bastasse, ela ainda nos mostra a importância de termos um relacionamento de proximidade e amor com nossos pais, pois é extremamente cuidadosa e apegada ao pai que, por ser inventor, é visto como louco pela maioria das pessoas.
Se formos ainda além, podemos inclusive partir do princípio que a Bela e a Fera não são duas personagens distintas, mas sim aspectos opostos da mesma pessoa. É como se, através da convivência, elas encontrassem o equilíbrio de um indivíduo só.
Pois é, um conto infantil pode te ensinar muita coisa. Comece a assistir às histórias que parecem ingênuas com outros olhos e se surpreenderá!
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