Prosseguindo com as Leis Cósmicas vamos à sétima delas, que é a Lei da Conexão. Esta lei determina que todas as coisas que existem no universo são interligadas. Inseridos que estamos em um mesmo contexto nos influenciamos reciprocamente. Ou seja, cada um de nós é o elo de uma corrente que desencadeia um processo constante de causa e consequência.
Hoje, fala-se do “efeito borboleta” que surgiu com a “Teoria do Caos”, que é a ideia de que o bater de asas de uma borboleta por mais inócuo que pudesse parecer poderia causar uma catástrofe, ou seja, os fatos insignificantes, se somados, poderiam provocar consequências incalculáveis. Ou, ainda, o “acaso” na vida de uma pessoa a levariam a tomadas de decisões “não planejadas” que mudariam totalmente o rumo das coisas.
Costumamos nos “indignar” quando nos deparamos com situações em que acidentes ou contratempos provocam um giro repentino de 180 graus na vida de alguém, mas estamos propensos a tudo. Conforme a Lei da Integridade - mencionada no artigo “Faça a coisa andar” - o livre arbítrio é relativo ao grau de maturidade, mas nossa reação ao que nos acontece é o que determina o desenrolar das coisas.
Ainda, embora esta lei pareça se chocar com a Lei da Individualidade, esta contradição desaparece ao prestarmos atenção à evolução das espécies, por exemplo. Ou, na influência que sofre a coletividade pelas inovações, ideias e descobertas de “uma minoria” que se destaca. Por outro lado, estes visionários sofrem o impacto da ignorância da maioria.
O próprio conceito de Inconsciente Coletivo - “É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade” - nos propicia uma abertura para entendermos a noção de vínculo a que se refere a lei.
Seria interessante que o entendimento deste mecanismo de interdependência servisse para, diante da situação caótica de nossa sociedade, reorientar o roteiro pelo qual temos pautado nossas vidas.
Quais seriam nossos pontos fracos, observando-nos como grupo? A desarmonia, a violência, a perversão e os conflitos que estamos assistindo e, queiramos ou não, sendo seus coautores. Será que não passou da hora de repensarmos sobre nossas condutas de cidadãos? É óbvio que a coletividade é o espelho onde cada um de nós é refletido.
Nossas relações conosco mesmos, nossas relações interpessoais, nossas relações com as instituições e com o meio ambiente, nos revelam fragilidades exacerbadas e precisam de mudanças radicais.
As manipulações que sofremos por parte de toda a “autoridade” e que nos deveria o cumprimento de seus serviços. Nossa submissão a um sistema totalmente falído. O tal “jeitinho” brasileiro que já extrapolou seu prazo de validade. Sem falar que quem paga a conta é o mais fraco.
Não há dúvida de que vivemos um momento de transição que tem potencial para fragmentar todas as nossas certezas do passado. Parece que tudo aquilo que temos valorizado não tem nos trazido bons frutos.
A medida que a crisálida de ignorância e infantilidade que nos manteve reféns vá se rompendo poderemos começar a investir em relações mais autenticas e corajosas, e então olhar de frente para um horizonte onde haja mais dignidade, responsabilidade e lucidez.
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