Nossa vida é feita de relações, sejam elas de amizade, amorosas, familiares ou profissionais, é impossível uma pessoa viver sem construí-las. E justamente por sermos dependentes delas, essas relações podem nos fazer bem ou mal. E é sobre isso o que vamos falar neste artigo.
Quando ficamos muito envolvidos com alguma relação, nós corremos o risco de entrar em uma jaula emocional - seja ela ligada a uma relação sadia ou não, a jaula por si só a torna ruim.
Afinal, ser preso a qualquer um ou a qualquer situação faz de você refém das atitudes e dos acontecimentos ligados a esses sentimentos e emoções. Pense só: ser completamente refém de alguém, por mais que essa pessoa faça bem a você hoje, é perigoso, pois se esse alguém lhe ferir ou lhe decepcionar, mesmo que em pequenos níveis, isso já se tornará motivo para acontecer uma grande destruição dentro de você.
Mas, mesmo assim, há ainda um tipo pior de jaula emocional: é aquela feita por relações que por mais que você queira, é impossível se livrar. Aquelas relações que fazem mal a você, que te aprisionam, te afetam negativamente, mas que se tornam um labirinto que você é incapaz de encontrar a saída.
As jaulas são construídas por esses predadores emocionais, que sugam tudo de bom que há em você. São pessoas egoístas, que querem viver rodeadas de indivíduos com características boas, para que eles os tomem para si e, depois, descartam (ou não) o outro quando já não é mais útil.
Sugam completamente sua energia, tornando-o apático, sem personalidade, sem luz própria, sem opinião. E a partir do momento em que você já está sem suas principais qualidades, já não tem mais força para se livrar da jaula.
Por isso, é importante manter os olhos, a mente e o coração atentos. Esteja sempre preparado para admitir que essa pessoa que você tanto ama e admira talvez não seja digna de tanta admiração e sentimentos bons.
Perceba se essa pessoa não é um predador; não se esqueça de que essa percepção dependerá exclusivamente de você, porque o próprio predador jamais admitirá que é um – aliás, muitas vezes, ele nem ao menos sabe disso.
Esteja sempre atento. Não entregue todo o seu coração de forma fácil. Tenha sempre o controle de si mesmo. O outro nunca deve ser mais importante do que você. Pense sempre em si mesmo em primeiro lugar – isso não significa ser egoísta. Pelo contrário, significa ser precavido e ter amor-próprio.
Não se permita cair em uma jaula emocional. Muitas vezes, elas são tão fortes que você nunca encontrará forças para sair. Ou seja, passará o resto da vida sendo amordaçado pelas correntes do predador.
Seja mais forte do que isso.
E como saber que estou em um relacionamento com um predador emocional?
É comum ter relacionamentos longos e, mesmo assim, não se dar conta de como essa relação é abusiva. Preste atenção em sinais do dia a dia: você perdeu o contato com outras pessoas? A pessoa com a qual você se relaciona é possessiva? É extremamente ciumenta?
Além disso, essa pessoa mudou seu jeito de ser, sua forma de pensar, seu caráter, seus valores e crenças sobre a vida? Caso a resposta para essas perguntas seja “sim”, você está se relacionando com um predador emocional.
Retome o contato com as pessoas que você ama e que se importam com você. Não tenha medo ou vergonha de pedir ajuda. Lembre-se de que sua vida é o seu bem mais valioso.
Faça o que for necessário para ser livre, para se reencontrar, se reconectar com o seu eu verdadeiro. Nunca será tarde demais para tentar. Há sempre esperança. Tenha força e você conseguirá! O importante é reconhecer, não se deixar abater ou enganar pelo predador e lutar pela sua liberdade.
Um relacionamento deve existir para nos fazer melhorar e progredir. Para sermos mais felizes, mais alegres, mais amados. O contrário disso tudo jamais deverá ser aceito.
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