Somos seres sociais, afirmou o filósofo grego Aristóteles. É a partir da infância que começamos a nossa jornada na socialização, e junto com isso vem a necessidade de viver em grupos, em especial naqueles com os quais nos identificamos.
A maioria de nós, ao sair do âmbito familiar para essa nova etapa, precisa ter bases emocionais para lidar com possíveis frustrações e rejeições. Isso envolve carinho e empatia, principalmente partindo de quem tem a missão de nos criar.
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O que é carência?
“Carência” é a privação de algo – seja desejado, seja necessário para a nossa sobrevivência. A carência afetiva está relacionada à privação de afeto. É quando achamos que estamos recebendo menos carinho e atenção do que merecemos ou necessitamos.
Muitas pessoas se queixam da falta de carinho durante a infância, o que causa, ao longo de seu desenvolvimento, problemas de autoaceitação e autoestima, tornando-as emocionalmente dependentes. Isso acaba trazendo problemas, como um medo exagerado de ser rejeitado, falta de autoconfiança e vulnerabilidade emocional. A vulnerabilidade é um perigo, pois, dependendo do nosso nível de carência, acabamos nos tornando expostos e indefesos diante de oportunistas que podem até mesmo se aproveitar psicológica ou financeiramente do nosso estado emocional.
Isso é carência?
Como saber se você está passando por algum tipo de dependência emocional? Aqui seguem algumas características típicas de quem sofre de carência afetiva: medo de desapontar, submissão exagerada aos outros, abdicar da própria vida e viver em função de outra pessoa, falta de planos e perspectiva, complexo de inferioridade, ciúme exagerado, indecisão e instabilidade, necessidade de chamar atenção, entre outros.
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Como lidar com a carência emocional
Se você é uma pessoa que convive com quem sofre de carência, procure ouvir, dar atenção e ser empático. Mas, ao mesmo tempo, tente atuar de maneira a propiciar-lhe independência emocional e força espiritual, para que ela entenda que consegue andar com as próprias pernas.
Mas se é você quem está passando por essa fase de carência afetiva, é hora de fortalecer o vínculo consigo mesmo. Tente assumir as rédeas da sua vida, valorize-se, reconheça as suas habilidades e trabalhe o autoconhecimento. Pratique uma atividade física ou um hobby, porque isso aumenta a sensação de bem-estar, busque ter mais qualidade de vida e aprenda a encarar os momentos de solidão como algo positivo. Não se envolva emocionalmente com alguém se ainda estiver se sentindo frágil e procure entender que as pessoas podem, sim, decepcionar, então cabe a você administrar isso de forma a não permitir que a ação dos outros te atinjam. A forma de eles agirem diz respeito a quem eles são, não a você. Encare como um problema deles.
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Procure ajuda
Nem sempre é fácil reconhecer a carência. Muitas vezes, quando percebemos, já estamos em algum nível de carência que compromete nossa saúde psicológica. Portanto é legítimo procurar ajuda de um psicólogo, terapeuta ou outro profissional qualificado. Não deixe que a carência lhe tire a certeza da pessoa maravilhosa e poderosa que você é!
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