Todos nós buscamos o amor, mas a maioria de nós não entendeu completamente o que ele significa.
Talvez porque ele não tenha que ser entendido, mas sim vivido.
O amor sempre foi retratado nas artes e sempre foi motivo de apreciação e confusão na vida dos seres humanos.
Muitos autores tentaram compreender o amor, e teorizar sobre ele. Mas o amor é um arquétipo, e nele não há regras, não há temporalidade, não há padrões.
A imagem arquetípica que pode falar à nossa alma um pouco mais profundamente é a do deus grego Eros.
Eros é representado, algumas vezes, por um menino rechonchudo, com asas, que sai atirando suas flechas inconsequentemente. E às vezes representado por um belo homem, como no mito de Eros e Psique.
Algumas vezes é retratado como filho do Caos, sendo um deus primordial. Outras vezes é filho da bela Afrodite.
A verdade é que essas imagens destoantes e sua origem diversa causa certa confusão, mostrando o quanto ficamos confusos diante do tema amor.
Entretanto Eros é quase sempre um Deus traquinas, inconsequente e subversivo, mas também belo e irresistível.
Ele muitas vezes causa discórdia e subverte a ordem. Mas também gera nova vida, e possibilita a unificação de opostos, sendo um elemento de transformação. Ser flechado por Eros pode nos levar a uma compreensão mais profunda de nós mesmos, pois somente o amor possibilita nos vermos através dos olhos do outro. Eros possui dois aspectos. Um benigno de gerar vida nova e outro aterrorizante que é o da morte!
Uma nova vida não pode ser gerada sem que antes algo morra. Essa é a lição de Eros! E o que devemos atentar é que essa morte é a morte de uma vida centrada apenas no ego.
Quando Eros aparece com suas asinhas e seu arco e flecha, ele vem nos ensinar que é necessário que conheçamos um novo centro. Se estivermos disponíveis à reflexão e abertos à experiência podemos encontrar nosso eu mais profundo e iniciarmos nosso processo de individuação.
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