Vivemos em uma era em que o consumismo é a única liberdade que nos oferecem. Acreditamos que, quanto mais dinheiro possuímos, mais liberdade teremos. Esquecidos de nossa liberdade, passamos dias e mais dias buscando conforto ou acúmulo de riqueza, acreditando que a felicidade está dentro de um shopping ou em nossas contas bancárias.
Entretanto a única liberdade oferecida por esse modelo é a liberdade de comprar coisas em um shopping, e a felicidade oferecida é a do prazer momentâneo de uma compra. Porém, quando compramos o objeto de nosso desejo, bastam alguns dias para que nossa alegria passe, e então direcionamos nossa mente para outro objeto, em uma busca sem fim por esse prazer fugaz.
Pense em quando comprou ou ganhou a roupa que está utilizando. Talvez tenha ficado muito feliz. Isso também pode acontecer quando adquirimos outros bens, como casas, automóveis etc. Todas as coisas que compramos produziram em nós alguma alegria. Contudo essa alegria passa, e precisamos obter novamente outras coisas, em uma busca sem fim. É por essa razão que hoje você não tem mais a mesma sensação nas vestimentas que utiliza.
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Em um primeiro momento, parece não haver uma saída para isso. Porque não podemos viver comprando coisas a todo momento. Isso nos levaria a uma infelicidade também, pois quanto mais adquirimos, mais queremos. Sofremos se não temos o objeto de nosso desejo e sofremos se perdemos esse objeto. A vida não pode se resumir apenas à compra de coisas. A vida é mais que isso.
Por isso, deveríamos dar mais importância à riqueza não monetária. A riqueza que perdemos, por estarmos desconectados e focados em comprar objetos que nos tragam alívios emocional e psicológico, e não a verdadeira felicidade.
Riqueza não monetária
Somos seres da natureza, em suma somos a própria natureza. Não sobrevivemos sem os rios, sem os mares e sem o ar. Precisamos preservar esse ambiente, pois não somos separados dele. A visão de separatividade, de que há os rios e eu, que são duas coisas que vivem separadas, é uma visão muito equivocada. Basta olhar para ver que, sem água, não vivemos.
A riqueza não monetária são os rios, as árvores, a água, o ar, o contato com a natureza e o sustento que ela nos provê. Quando estamos na cidade, não conseguimos ver que, sem essas riquezas, estamos vulneráveis.
Em 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros, observou-se o quando somos seres frágeis em uma cadeia de existência. Sem os alimentos chegando, como poderíamos comprá-los? Sem o contato com o plantio, com as frutas e apenas comprando nos supermercados, estamos sob uma fragilidade por causa de nossa escassez de riqueza não monetária.
A água é um recurso extremamente fundamental para nós. Mesmo assim, não temos tão perto de nós (pelo menos a maioria de nós) a água potável de um rio. Precisamos pagar pela água, precisamos comprá-la em garrafas, para termos segurança de sua procedência.
Se estamos em maior contato com a natureza, recuperamos essa riqueza que não é a monetária. É a riqueza que a natureza nos dá. Sem cobrar nada, totalmente compassiva e generosa. Essa é a verdadeira riqueza natural que deveríamos cultivar.
Ao estarmos em contato com a natureza, entendemos que, sem os rios, árvores, montanhas, animais e florestas, não sobreviveremos.
Motivos para acampar e se conectar com a natureza
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