Essa é uma daquelas inspirações que acontecem nas madrugadas insones. Em que o papel e a caneta, na cabeceira da cama, convidam a esvaziar a mente, ouvir o coração e deixar os pensamentos fluírem e escorrerem ao encontro do papel. E começou assim…
Buscadores de si, tentando encontrar respostas, sair do turbilhão dos acontecimentos cotidianos e ir além dos fatos, para conhecer melhor o autor/ator principal da própria história. “Cada um de nós compõe a sua história”, traça seus objetivos, tem um porto a chegar.
Somos seres incríveis, a expressão maior da vida, o ápice da criação e, nem sempre, valorizamos isso. Temos uma mente brilhante e, mesmo assim, nos deixamos ser dominados, conduzidos, escravizados pelos ditames externos que definem desde o que vamos vestir e comer, até a profissão que devemos escolher. Porque, afinal, é preciso “estar na moda” e escolher a profissão “de futuro”.
Muitas vezes, consciente ou inconscientemente, somos conduzidos por interesses vis, propostas de vida indecentes, como se fôssemos incapazes de escolher, decidir, pensar.
A loucura do dia a dia, que entorpece os sentidos, encobre e esconde os sonhos e desejos mais profundos, também vicia, excita. Essa loucura nos mantém distantes dos desafios internos, de reconhecermos que trouxemos lições para aprender, comportamentos para aprimorar, a evolução interior por acontecer.
Quanto mais distantes de nós, mais perto do abismo. Atualmente, esse abismo, esse entorpecimento, leva o nome de depressão, pânico, transtornos, doenças psicossomáticas, etc.
Trilhar o caminho de volta é reconhecer que a lei da vida é a evolução, o aprimoramento pessoal, vencer e superar vícios de comportamento, formas disfuncionais de relacionamento e pensamento.
A busca. O destino nosso, traçado por nós em algum tempo e espaço, lá longe, nem tão longe, na Terra do Sempre… Resgatar a alegria de sentir-se evoluindo, superando-se. A alegria de sermos melhores por nós e para o outro, para o planeta.
Resgatar a felicidade no sorriso da criança, na contemplação da natureza, nos gestos de amor e gentileza. A alegria de um abraço amigo nos momentos de fragilidade, de vitória, de nos sentirmos queridos, bem quisto e bem querer.
Estamos excluindo de nossas vidas a beleza dos gestos fraternos, desinteressados, a pureza do simples. A vida é generosa, nos ama incondicionalmente e sempre nos presenteia com novas oportunidades para aprendermos as velhas lições.
Estamos a caminho. Somos aprendizes e temos vitalidade espiritual para aprendermos sempre, não importa a idade, classe social, raça, credo, etc. O nosso espírito sempre quer a aventura do aprendizado.
Um convite para visitarmos a maravilhosa vida interior que há em nós. Essa riqueza quase desconhecida, um tesouro a ser descoberto, que repousa à nossa espera!
Caçador de mim. Aprendiz nessa imensa vida!
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