Uma coisa que sempre acontece nos meus jogos de Tarô é a pessoa esperar que tudo aconteça exatamente como eu falei. Esse é um erro comum, já que esse tipo de oráculo carregou uma má fama por muitos anos. Na realidade, o Tarô é apenas uma ferramenta de autoconhecimento e uma maneira de desenhar o seu futuro.
A maioria das pessoas ainda acredita em um destino fechado. Como se fôssemos marionetes, encenando uma peça que não foi escrita por nós. Mas isso não é a realidade. O que temos como resultado da nossa vida é sempre o mesmo resultado de uma série de escolhas. Escolhas que fazemos enquanto trilhamos o nosso caminho: renúncias, associações, parcerias. Tudo é calculado para que estejamos no ponto exato da nossa vida.
Mas tudo é mutável. Sempre que fazemos uma escolha, renunciamos a tantas outras. É esse o caminho da jornada que o Tarô mostra. Um jogo de Tarô é como olhar a sua vida de cima, como olhar um grande mapa de tudo que está acontecendo. É um momento de reflexão, de refazimento e de meditação.
Então, não sou a mulher das cartas que fala tudo e dá até nome. Sim, como sou um médium, eventualmente capto algumas informações. A leitura do Tarô é uma leitura do inconsciente da pessoa, e tudo O Que Ela É ou que está se tornando já está desenhado dentro dela.
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O mais legal do Tarô, portanto, é conseguir olhar o caminho. A partir deste ponto de vista, é mais fácil fazer novas escolhas ou simplesmente permanecer no seu caminho. É uma maneira de elucidar as coisas, de trazer a consciência aquilo que sabemos, mas às vezes não queremos saber. E isso serve para coisas boas ou ruins.
Bom, na realidade as coisas não são nem boas nem ruins. Mas isso é um tema para um outro artigo.
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Andrea Pavlovitsch