É engraçada esta vida! Ao nascermos precisamos aprender como viver e as primeiras notas desta Vida geralmente são passadas a nós pelos nossos pais. É um momento em que estamos abertos e receptivos à aprendizagem, que nos coloca em pé como Seres Humanos habitantes do Planeta. Assim passamos nossa primeira década de vida, assimilando conhecimentos que nos são passados.
Aos treze, catorze anos ou até mais precocemente, julgamos que já sabemos o suficiente. Neste momento assimilamos do outro o que nos interessa e vivenciamos nossas próprias emoções através de buscas incessantes. Queremos experimentar e conhecemos os perigos, riscos, vivenciamos grandes vitórias e derrotas ... Aqui contestamos valores que nos foram passados lá atrás. Um sentimento de autossuficiência cresce em nós à medida que a adolescência desponta. Queremos seguir nossos próprios caminhos, escolher as estradas... Somos rebeldes até sem causa. E nossos pais muitas vezes parecem ultrapassados, suas ideias fora de moda.
Assim formamos e amoldamos nossos aprendizados nesta década tão importante para a construção da nossa personalidade. E os anos se passam... Aos vinte e cinco, muito dos quinze já foi embora. As ideias cresceram, amadureceram. Agora a vida é encarada sob o ponto de vista “adulto”, distante dos utópicos sonhos colegiais.
Aos vinte e cinco anos sentimos que temos o direito ao diploma de “professor da vida”, afinal já vivemos bastante, sofremos e deixamos os sonhos impossíveis para trás.
Após os trinta anos, começamos a “lecionar”, passar nossas experiências, como pais que ensinam suas crianças. Agora nossas verdades se solidificam, começam a se cristalizar. Julgamos nossos conceitos de vida tão abrangentes e a aventureira, desbravadora adolescência parece nunca ter existido. Somos rocha dura, repleta de conceitos encravados... E assim chegamos aos quarenta.
Os anos continuam a correr e, com eles, paradoxalmente, muitas das certezas começam a serem levadas embora. A correnteza da vida imputa sofrimentos não imaginados, mortes, perdas tão dolorosas... E começamos a experimentar novos sabores. Diferentes, que mexem no nosso intimo.
Em um momento do tempo, para uns mais cedo, para outros bem mais tarde, o “professor“ começa a questionar seus conhecimentos. Alguns jogam todos os livros fora e começam a reaprender com a vida. Mas sempre existem outros, mais duros, que insistem em permanecer firmes em suas raízes, endurecidos até a senilidade. A Vida é Sábia e Permite essa escolha.
Vamos falar dos primeiros, aqueles que descobrem na maturidade que ainda têm muito que aprender, voltando a sentarem nas carteiras de alunos , reabrindo a cartilha da vida, onde podem reavaliar os anos passados, as experiências vividas, re-significando-as muitas das vezes. Esses seguem os preceitos de Sócrates e aprendem que Nada Sabem, procurando conhecerem-se a Si mesmos.
A Vida é um Eterno Aprendizado, é preciso Humildade para se aceitar que ainda temos tanto a crescer e somos eternos alunos, aprendizes. Mas nesse compasso encontramos nossa música ideal, descobrimos, aos poucos, quem Realmente Somos e experimentamos uma Felicidade Indescritível.
Crescer, trocar o lugar de professor pelo de aluno nos torna Poderosos e realmente os Senhores de nosso Viver. Esse ato nos abre o Livro do Verdadeiro Conhecimento e com ele aproveitamos em Plenitude cada segundo de nossa Existência. (Esta obra encontra-se registrada, podendo ser utilizada, desde que citado o nome do autor e fonte).
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