Somos seres sociais que precisam estar em contato com os outros. De maneira geral, queremos fazer parte de um grupo, de uma família, de amigos que nos promovam proteção, apoio emocional e momentos felizes e de alegria.
Contudo muitas vezes essas relações podem se tornar tóxicas e, por mais incrível que possa parecer, não percebermos isso. Por isso, neste texto quero falar com você como saber identificar se você está em um relacionamento tóxico e como pode sair de um momento tão difícil como pode ser esse.
Relacionamentos tóxicos
Relacionamentos tóxicos são caracterizados quando há violência na relação. Porém essa violência não se limita apenas a física. Ela pode ser patrimonial, psicológica, moral e sexual. De maneira geral, essas violências ocorrem dentro do seio familiar ou nas relações entre as pessoas.
O motivo para não percebermos se estamos em relações abusivas é porque, normalmente, essas relações começam de maneira muito suave, sem que a pessoa perceba. Ela acredita que aquela situação é normal ou que nunca mais vai ocorrer novamente. A pessoa normatiza esse tipo de violência e não enxerga que pode viver de outra forma.
Tipos de violência em um relacionamento abusivo
O primeiro passo é identificarmos se a relação que está vivenciando é abusiva. É algo muito sério e deve ser observado de maneira muito profunda. Por isso vou listar os tipos de violência existentes.
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Física: Quando o agressor fere fisicamente a pessoa, seja com as próprias mãos ou com algum objeto.
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Patrimonial: Se alguém está retendo seus bens, destruindo seus objetos de valor ou evitando que você tenha algum controle sobre seus bens ou recursos financeiros, essa é uma violência patrimonial. Essa é uma forma de manter a pessoa refém sem recursos para conseguir se livrar do seu agressor.
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Sexual: Mesmo no casamento, o sexo deve ser consensual. Se em algum momento não houve essa consensualidade, esse é um ato de agressão. Outro ponto é que a agressão sexual também acontece quando ocorre impedimento de uso de contraceptivo ou uma gravidez é forçada (ou mesmo um aborto). Se houver coação para qualquer ato sexual, é imprescindível procurar ajuda para se livrar do seu abusador.
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Moral: Se no relacionamento há difamação, falas que indicam calúnias e mentiras sobre seu caráter, então saiba que isso se configura em violência moral. Essa forma de agressão tem como objetivo inferiorizar a pessoa e fazer com que as pessoas próximas pensem negativamente dela.
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Psicológica: Esse tipo de violência busca causar dano emocional à vítima. As agressões, em sua maioria verbais, têm como objetivo diminuir a autoestima da pessoa e sua capacidade de empoderamento. Esse tipo de agressão também pode buscar controlar as ações do sujeito por chantagem, ridicularização, constrangimento e até mesmo a limitação do direito de ir e vir. Esse tipo de violência retira da pessoa a sua capacidade de autonomia e ação.
Saindo da violência
Ao identificar qualquer tipo de violência desse tipo, a primeira coisa que devemos fazer é procurar ajuda. Confiar que você pode se livrar sozinha dessa situação é um erro. Até porque normalmente as agressões tendem a limitar a pessoa em uma ação de fuga.
O outro fato importante é que essas relações podem acontecer não apenas com cônjuges, mas com pais, irmãos, relações de trabalho e amizades. Por isso é importante a identificação para poder se afastar de quem utiliza a violência com você.
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O ideal é procurar apoio para sair dessas relações que promovem toxicidade e diminuição da felicidade. Normalmente, as mulheres são mais vítimas da relação tóxica, por isso podem procurar ajuda no disque 180, na central de atendimento à mulher. Procurar um psicólogo, uma delegacia da mulher ou alguém que promova segurança e indique aonde ir.
É fundamental não deixar que sua vida seja dirigida por um abuso. Você não é culpada por essa violência e pode sair dela procurando apoio adequado.
Não aceite viver dessa maneira, pois ninguém tem o direito de tirar nossa felicidade. Afaste-se dessas pessoas, por mais que elas sejam próximas. Até porque os maiores abusos acontecem no seio familiar.
Acredite: outros tipos de relações são possíveis.
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